Diariamente presente em nossas vidas, a eletricidade se faz essencial para as atividades rotineiras de cada ser-humano. No ramo empresarial, ela é imprescindível e, quando se fala de trabalhos em instalações elétricas, a ideia de manter a qualidade dessas redes e garantir a segurança dos profissionais que atuam com esse serviço é uma questão de preparo e treinamento.
Isso acontece porque, como você bem sabe, os riscos aos trabalhadores das redes elétricas são constantes. Por tal motivo, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resolveu tratar das Instalações e Serviços em Eletricidade na Norma Regulamentadora 10 (NR-10). Ela mantém padrões e procedimentos variados para a realização de trabalhos em serviços de eletricidade, e como técnico de segurança, é fundamental que você a conheça por completo.
Este artigo tem como objetivo tratar sobre as condições mínimas estabelecidas pela norma brasileira para que os trabalhos em instalações elétricas sejam efetuados com segurança. Continue acompanhando para adquirir conhecimento.
O que são trabalhos em instalações elétricas?
Antes de falar sobre essas condições, é preciso definir o que são as instalações elétricas e como elas se categorizam. Elas compreendem a conexão entre a fonte geradora de energia elétrica, a implementação física dos componentes das ligações elétricas e as cargas elétricas. Geralmente, se dividem do seguinte modo:
- medição e proteção: parte da instalação elétrica composta por todos os disjuntores, medidores, fusíveis e relés que acompanham e protegem as instalações;
- infraestrutura: compõem a infraestrutura, caixas de passagem, eletrodutos, caixa de medidores, bandejas elétricas, fixadores para cabos, leitos elétricos, suportes, eletrocalhas e etc.;
- controle: parte de controle numa residência como os famosos interruptores para o sistema de iluminação, ou os sensores para automatização. Eles acionam e desacionam cargas;
- cabeamento: são os condutores que conectam as fontes às cargas elétricas, como motores e equipamentos elétricos e eletrônicos.
O trabalho com eletricidade tem alta periculosidade, pois, o funcionário está submisso a riscos como explosões, choques e até mesmo queimaduras de terceiro grau que podem causar graves lesões nos nervos e músculos, coagulações do sangue, e até levar à morte.
Além de tudo isso, ao receber um choque elétrico o trabalhador pode ter uma reação nervosa que pode abrir caminho para outros tipos de acidentes, como quedas graves. É por conta desses altos riscos que a equipe responsável pela segurança precisa ter todo o conhecimento necessário para regular e fiscalizar esse trabalho interno.
O que é preciso fazer para realizar esse trabalho com segurança?
Muito se diz que um risco muito comum é o combinado, ou seja, aquele inerente à atividade. Entre os principais está a descarga de energia acidental, que costuma acontecer por motivos como a falta de bloqueio adequado de energia e a não utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
Em função de todos esses problemas que só aumentam o número de acidentes de trabalho ligados a serviços em instalações elétricas, o Ministério do Trabalho e Emprego publicou a NR10 que, como dissemos, estabelece os requisitos e as condições mínimas para a implementação das medidas de controle e sistemas preventivos.
Para garantir que os trabalhos em instalações elétricas sejam executados com a segurança adequada, é preciso capacitar os trabalhadores dentro dos parâmetros dessa norma, oferecendo cursos complementares, caso seja preciso.
O trabalho em eletricidade requer um treinamento mínimo de 16 horas, podendo se estender para 40, dependendo do nível de atividade em eletricidade exercido. Já o Sistema Elétrico de Potência (SEP) é específico para o trabalho em altas-tensões, sendo mais especializado, abrangente e específico que o referido anteriormente.
A norma indica muitos procedimentos e treinamentos que devem ser abordado e conhecidos antes da realização das atividades. Na própria NR-10 há conteúdos programáticos que atendem os treinamentos, listando o mínimo do que deve ser conhecido para a atuação em instalações elétricas. Portanto, mantenha o foco nesse treinamento.
Quais os procedimentos práticos de segurança para a realização dos trabalhos em instalações elétricas?
Primeiramente, é preciso entender que os equipamentos de proteção individual variam para cada tipo de circuito elétrico. Normalmente, eles se dividem em 4 níveis, e para cada um deles, há um tipo de equipagem e treinamento específico:
- serviços elétricos em baixa tensão: engloba instalações residenciais e comerciais normais, com baixa tensão;
- serviços elétricos em média tensão: postes, por exemplo;
- serviços elétricos em alta-tensão: concentrada em subestações, casas com vários transformadores de energia. Elas conduzem energia nos cabos provenientes das usinas geradoras e que se direcionam para as subestações;
- serviços elétricos em extra alta-tensão: redes que conduzem energia nos cabos provenientes de Itaipu Binacional e outras geradoras hidroelétricas e termoelétricas;
Procedimentos em geral
Existem alguns procedimentos práticos que podem ser implementados desde já para a garantia da segurança dos funcionários que trabalham nessa área. Como técnico de segurança, você deve se certificar de que medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros perigos adicionais sejam adotadas em todas as intervenções em instalações elétricas. Para isso, você precisará correr atrás de técnicas de análise de risco.
Todos os trabalhos em instalações elétricas precisam contar com planejamento em conformidade com processos padronizados. Isso inclui um detalhamento de cada atividade, passo a passo, assinados por um profissional capaz de atender o item 10.8 da NR-10.
Esses serviços precisam ser precedidos de Ordens de Serviço (OS) aprovadas por pessoas autorizadas. A OS deve conter, pelo menos, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho.
Certifique-se de que esses procedimentos sejam completos, contendo objetivo, base técnica, campo de aplicação, competências e responsabilidades, disposições gerais, medidas de controle e orientações finais. Além disso, se as medidas de proteção coletiva forem insuficientes para o controle dos riscos, adote EPIs específicos e apropriados para as atividades desenvolvidas.
Esperamos que este artigo tenha ajudado você não apenas a compreender a urgência do assunto, como também a necessidade de investir em conhecimento específico para garantir o sucesso das operações elétricas em sua organização.
A CONECT atua com grande destaque no setor de segurança do trabalho, sendo habilitada pelo CREA-RJ a elaborar diagnósticos de risco, desenvolver metodologias de trabalho e realizar treinamentos de equipes.
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