Quem atua na área da segurança do trabalho, principalmente na indústria, sabe bem o quanto é complexo cumprir todas as leis e normas que garantem a proteção dos trabalhadores, não é mesmo? Afinal de contas, essa é uma área sensível de qualquer empresa, uma vez que um mínimo deslize pode ocasionar acusações de negligência, imprudência ou até mesmo uma responsabilização criminal do gestor ou da organização por algum acidente.
Por essas razões, é bom que os profissionais sempre procurem formas de se atualizar. Neste post, vamos falar sobre as metodologias NRR (Noise Reduction Rating ou Taxa de Nível de Redução do Ruído) e NRRsf (Noise Reduction Rate Subject Fit ou Taxa de Nível de Redução do Ruído/Colocação Subjetiva).
Ambas são mecanismos para avaliar a capacidade dos protetores auriculares — um dos mais importantes EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) na rotina industrial — em atenuar o som exorbitante no ambiente de trabalho. Também chamados de abafadores, esses utensílios são determinantes para reduzir os riscos laborais, pois o ouvido humano é muito sensível.
Tanto o volume como seus efeitos sobre os colaboradores são mensurados em decibéis (dB). Já a eficiência dos protetores, como já adiantamos, é descrita por meio dos índices NRR e NRRsf. O Ministério do Trabalho fiscaliza o limite de tolerância, sendo que, de acordo com o grau de ruído, há um tempo máximo de exposição que o funcionário suportará diariamente.
Os gestores que temem multas e autuações têm de estar atentos para evitar problemas com o cumprimento dessas regras. Vale lembrar ainda que, durante a elaboração dos procedimentos de higiene ocupacional, não se deve considerar apenas as taxas NRR e NRRsf para escolher os protetores.
Outros aspectos devem ser ponderados: o conforto, a pertinência do modelo ao tipo de operação, a necessidade de comunicação dos profissionais entre si — em alguns casos o uso desses apetrechos traz riscos —, a facilidade de limpeza e de armazenamento, a durabilidade e até a cor.
Ficou interessado e quer acabar de uma vez por todas com o fantasma de haver multas e autuações por causa do barulho? Então acompanhe neste post dicas sobre a diferença entre os dois mecanismos. Confira!
Conheça a importância dos abafadores de ruído
Os protetores auriculares servem para amenizar o impacto do som em abundância no sistema auditivo do trabalhador. O excesso de som não atinge apenas o sistema de audição, mas influencia negativamente também na disposição para atividades físicas e na concentração, de modo que afeta em cheio a produtividade dos funcionários.
Doenças cardiovasculares, irritação, perda de sono, alteração do peso e aumento da pressão arterial são outros exemplos de malefícios que o barulho descontrolado é capaz de causar nas pessoas. Para se ter uma ideia, o Ministério do Trabalho autoriza ruídos contínuos de no máximo 85 dB para uma jornada de oito horas, o que corresponderia às ondas sonoras emitidas em uma avenida bastante movimentada.
Quando se alcança 115 dB (abordaremos a legislação detalhadamente ainda neste texto), o máximo de tempo que o funcionário pode ficar exposto é de sete minutos por dia. Com o uso dos protetores, é possível conter os riscos.
Essas peças também obstruem os efeitos nocivos do vento, da friagem e até da água. Nadadores em competições, por exemplo, usam esses instrumentos para preservar seus canais de recepção de som.
Não são somente os empregados da indústria que sofrem com os ruídos. Há casos de danos auditivos em motoristas de ambulâncias, em professores que lidam com turmas muito extensas, em funcionários de aeroportos etc.
Em suma, os abafadores trazem tranquilidade para as empresas que não correm risco de multas ou outras penalidades, e também para os profissionais, que não perdem sua habilidade de escutar.
Saiba mais sobre a legislação que dispõe sobre os níveis de emissão do som
A legislação brasileira determina que as companhias façam o acompanhamento tanto das fontes emissoras como da condição auditiva dos colaboradores. O objetivo das normas é a defesa dos funcionários, já que os danos causados ao ouvido são irreversíveis.
Para abrandar os riscos de prejuízos, o órgão de fiscalização da saúde e da segurança do trabalho elaborou uma lista com os tetos de tolerância para os ruídos contínuos ou intermitentes, isto é, que não têm origem em impactos, e sim nas ações produtivas.
Os níveis de som são mensurados com um instrumento de pressão, cujas leituras têm de ser feitas perto das orelhas. Quando uma quantidade estiver em estágio intermediário aos números dessa lista (não aparecer nela), a organização deve respeitar o valor imediatamente mais alto que constar na tabela.
Não é admitida a manutenção de indivíduos em níveis acima de 115 dB sem os equipamentos de proteção adequados, no caso, os abafadores. Apenas uma motosserra, por exemplo, atinge facilmente os 120 dB. Quando o operário fica exposto a índices acima de 85 dB por muitos anos, ele pode pleitear a aposentadoria especial.
Veja abaixo o que diz o Ministério do Trabalho sobre os limites de ruídos:
- nível de ruído tolerado em dB máximo de tempo de exposição permitida por dia
- 85 8 horas;
- 86 7 horas;
- 87 6 horas;
- 88 5 horas;
- 89 4 horas e 30 minutos;
- 90 4 horas;
- 91 3 horas e 30 minutos;
- 92 3 horas;
- 93 2 horas e 40 minutos;
- 94 2 horas e 15 minutos;
- 95 2 horas;
- 96 1 hora e 45 minutos;
- 98 1 hora e 15 minutos;
- 100 1 hora;
- 102 45 minutos;
- 104 35 minutos;
- 105 30 minutos;
- 106 25 minutos;
- 108 20 minutos;
- 110 15 minutos;
- 112 10 minutos;
- 114 8 minutos;
- 115 7 minutos.
Entenda a distinção entre os métodos NRR e NRRsf
Já explicamos que as taxas NRR e NRRsf medem a capacidade de um abafador em barrar o som. O primeiro indicador é conhecido como de “atenuação perfeita”, pois é obtido em laboratório e em condições controladas, ou seja, não se leva em conta as inúmeras interferências capazes de adulterar o resultado.
Imagine, por exemplo, uma fábrica de peças para trator. Além das ondas sonoras que são emitidas pelas máquinas, é preciso levar em consideração a localização dessa planta. Se ela estiver à beira de uma rodovia, o NRR corre o risco de não ser tão exato como deveria. Vento, chuva, tráfego, proximidade com aeroportos, com obras da construção civil e o número de pessoas por ala são variantes que podem afetar essa pontuação.
Quanto maior for o NRR, teoricamente, maior será a habilidade de vedação dessa ferramenta. O problema é que em quase nenhum lugar do planeta as situações ideais verificadas no padrão NRR se repetirão.
Tanto é assim que uma conversa em tom normal já alcança 60 dB e tem a força necessária para causar irritabilidade, mau humor e estresse moderado. Uma banda de rock, em média, emite 100 dB e, nesse patamar, já consegue provocar danos aos ouvidos, além de dor de cabeça.
No Brasil, por causa de sua perfeição, distante da realidade, o NRR não deve ser adotado. Ao longo dos anos, ficou cientificamente confirmado que é preciso fazer uma conta para estimar esses desvios.
O Instituto Niosh (National Institute for Occupational Safety and Health ou Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos) criou uma fórmula para calcular essas falhas da NRR.
Com essas correções, o órgão norte-americano acredita ser possível chegar bem perto da realidade do chão da fábrica, mas, ainda assim, a taxa continua imprecisa, de acordo com especialistas. Com a taxa da Niosh, chega-se à equação abaixo:
NP = NPS – [NRR x índice de correção do instituto NIOSH]
NP = nível protegido em dB
NPS = nível de pressão sonora no local em dB
Imagine um plug com NRR = 29, que estaria em uso por um colaborador exposto a 100 dB. Como a taxa está em NRR, seria necessário aplicar a conta corretiva da Niosh, que é de 0,50. Desse modo, a equação acima, para o exemplo mencionado, ficaria desta forma:
NP (Nível Protegido) = NPS (Nível de Pressão Sonora no Local) – [(NRR 29) x fator correção NIOSH (0,50)]
Teríamos, portanto, o seguinte resultado:
NP=100 – (0,50 x 29) = 85,5 dB.
Com essa conta, alcança-se o resultado de atenuação de 14,5 dB. Já com a taxa NRRsf tudo fica mais simples, pois ela já tem embutida em seus valores margem para chegar mais perto da realidade. No mesmo cenário anterior, imagine que o plug em questão tenha 16 NRRsf. Desse modo, seria obtida a fórmula abaixo:
NP = NPS – NRRsf, ou seja, NP = 100 – 16 = 84 dB de nível protegido.
Veja por que a técnica NRRsf é a mais realista
Você deve estar se perguntando qual é a distinção entre a NRR e NRRsf no dia a dia, certo? Na prática, usando o exemplo já mencionado, o trabalhador estaria com ponto de proteção 85,5 dB pelo método NRR e de 84 dB pela NRRsf.
Isso significa, conforme a tabela que trazemos neste artigo (pouco acima), que o modelo NRR ultrapassaria o limite máximo permitido para uma jornada de oito horas, que é de 85 dB. Ou seja, mesmo com o abafador, o funcionário ficaria vulnerável a um limite que extrapola a legislação brasileira.
Em outras palavras, o processo NRR está cada vez mais em desuso e não leva em consideração o contexto laboral e suas interferências. Ele é um método pouco fiel à realidade.
Já no NRRsf, são avaliados diversos fatores além do barulho emitido em si. Uma dessas influências é a falta de treinamento. Por essas razões, hoje, o critério para analisar a atenuação de um protetor auricular é o NRRsf.
Além desses indicadores, os gestores de segurança do trabalho necessitam providenciar o devido treinamento do grupo de trabalho para a aplicação desses abafadores no cotidiano. Mais do que isso, é preciso incentivar e motivar a equipe sobre a importância desses aparelhos para a saúde. Itens como a forma de uso, a maneira de limpar e até o seu armazenamento têm de ser explicados à equipe.
Perceba as diferenças entre os tipos de protetores
Existem centenas de protetores auditivos, mas, em geral, eles se subdividem em dois protótipos principais: plug e concha. Ambos os tipos têm a eficácia necessária para conter o barulho de máquinas e equipamentos e evitar danos à saúde dos empregados.
O papel desses instrumentos para a indústria, para a economia e para a classe trabalhadora é muito significativo, pois as perdas da audição são permanentes. Em cada ambiente de trabalho, os técnicos têm de avaliar qual deles se encaixa melhor à realidade de cada negócio.
Os plugues requerem mais cuidados de limpeza — já que são introduzidos na orelha — e de armazenamento, já que são menores e fáceis de ser perdidos. Em geral, eles são produzidos com 100% de silicone, podem ser lavados e contam com uma boa variedade de cores. Eles são aproveitados em diversos segmentos, como na indústria química, siderúrgica, na construção civil, no setor de mineração, na área de petróleo e gás, entre outros.
Já os protetores estilo concha, que recebem essa nomenclatura por ser parecido com a camada de calcário que envolve moluscos e mariscos, normalmente são à base de plástico e contam com bordas almofadadas.
Eles são mais resistentes do que o plug e mais aceitos pelos operários pelo conforto e por não precisarem ser inseridos dentro do conduto auditivo, como o que acontece com o plug. Tanto os modelos “plug” como os “concha” apresentam pontos positivos e negativos.
Abaixo, preparamos uma lista com as vantagens e desvantagens de cada um deles. Veja!
Pontos positivos do Plug
- são menores e fáceis de ser transportados;
- não atrapalham a colocação dos óculos, capacetes e demais EPIs;
- não causam desconforto em ambientes quentes;
- são pequenos e exigem pouco espaço para o armazenamento.
Pontos negativos do Plug
- por serem colocados no interior das orelhas, necessitam de alto rigor na higienização, a fim de evitar a proliferação de bactérias e doenças;
- só podem ser usados por quem tem os ouvidos saudáveis;
- é preciso remover as luvas antes de inseri-los;
- precisam ser adaptados a cada canal auditivo;
- são mais vulneráveis a perdas e extravios;
- não são percebidos facilmente por outras pessoas (se houver um alerta de incêndio, por exemplo, o segurança não saberia se a pessoa está ou não com um protetor desses a 50 metros, por exemplo).
Pontos positivos do Concha
- são muito simples de colocar;
- são percebidos a distâncias longas, o que daria tempo de um diálogo oral em caso de emergência;
- são muito confortáveis em temperatura amena;
- sua utilização é permitida para pessoas com problemas nos ouvidos;
- não é preciso retirar as luvas para colocá-los ou retirá-los.
Pontos negativos do Concha
- como são de tamanho maior, seu transporte é mais dificultoso — não cabem nos bolsos, por exemplo;
- não devem ser armazenados junto com as demais ferramentas, sendo que eles demandam área adequada para serem guardados;
- normalmente são formados por arco na cabeça que pode atrapalhar o uso dos óculos de segurança, capacetes ou outros EPIs;
- ficam desconfortáveis quando as temperaturas estão elevadas.
Existe ainda um terceiro exemplar, que é o de espuma, cuja inserção é adaptável a vários tipos de canais auditivos. Eles contam com uma base plana e com um ápice redondo, que possibilita uma sensação de conforto. Produzidos geralmente em tamanho único, costumam ser descartáveis.
São adequados para visitantes ou para pessoas que fazem inspeções esporádicas. Ele não atesta a proteção quando a pessoa fica exposta aos ruídos excessivos por intervalos muito extensos.
Aprecie modelos modernos
Os protetores auriculares são um dos diversos tipos de EPIs, sendo que as empresas devem fornecê-los gratuitamente, como determina a Norma Regulamentadora (NR-6) do Ministério do Trabalho. O objetivo é suavizar os riscos da rotina profissional, como já mencionamos, mas nunca é demais reforçar isso.
Os funcionários, ao mesmo tempo em que têm o direito de receber esses utensílios, também devem empregá-los em suas tarefas com responsabilidade. Isso significa respeitar os procedimentos corretos de aplicação no dia a dia, como as condições de armazenamento, a durabilidade, entre outras regras. Para assegurar mais tranquilidade à companhia, escolha produtos de fornecedores confiáveis, respeitados no setor.
Abaixo, apresentaremos dois itens modernos bastante seguros. Veja a seguir!
1. Abafador Leightning L3
Entre os abafadores para construções, destaca-se no mercado o modelo Leightning L3 com tecnologia patenteada para o controle do fluxo de ar. Com uma atenuação NRRsf de 24 dB, ele conta com almofadas que podem ser ajustadas conforme a pressão e que também são passíveis de serem trocadas depois de certo tempo de uso.
O produto oferece ainda ajuste telescópico de altura e proteção contra ruído acima do que determinam as normais locais. Abaixo, confira mais detalhes sobre ele:
- arco = PUR-E, PVC, Aço,Têxtil;
- guia do arco de aço = PC/PBT Copa: ABS;
- revestimento interno = PUR-E Aro: PP;
- almofada= PVC/PUR-E;
- faixa de temperatura de operação = – 20°C até +60°C.
2. Plug reutilizável Fusion
Os plugues reutilizáveis, como é o caso do Fusion, atendem a diversos tipos de ramos industriais, como o químico, o metalúrgico e o setor de óleo e gás, entre outros. Ele também é apropriado para a construção civil.
Ele tem um cordão de náilon exclusivo que é removível. Feito nas cores amarela e azul, esse aparelho facilita a visualização dentro da fábrica, de modo que é possível detectá-lo facilmente, mesmo estando de longe. Sua atenuação NRRsf é de 17 dB. Veja mais:
- tamanho = médio;
- cores = azul/amarelo;
- formato = 4 flanges;
- opções de embalagem = box plástica especial na cor azul;
- opções de cordão = cordão de tecido removível;
- atenuação brasil (NRRsf) =17 dB;
- regulamentações de ruído ocupacional / brasil nr 15 – segurança e salubridade do trabalho, anexos 1 e 2, n°3.214/1978.
Usufrua de mais 3 dicas para potencializar a proteção
Já vimos o quanto os ruídos no ambiente de trabalho representam um grave perigo para a saúde. Muitas instituições, porém, não dão a devida atenção para a ameaça da perda auditiva, talvez por ela parecer — o que é um grande equívoco — inofensiva.
Os danos ao ouvido não são suscetíveis de reversão, como já dissemos, e é mais uma razão para que os cuidados com o barulho alto esteja sempre em lugar de destaque no calendário da segurança do trabalho. Confira as dicas!
1. Submeta os colaboradores a exames frequentes
A fim de asseverar a total segurança dos trabalhadores em relação aos sons demasiadamente volumosos, é preciso fazer testes nas pessoas para observar os efeitos dessa exposição. Essas análises devem acontecer, principalmente, entre os profissionais mais vulneráveis, que passam mais tempo da jornada em situações de níveis elevados. Para mais detalhes, consulte a norma NR-7 do Ministério do Trabalho!
2. Meça as fontes emissoras de som com regularidade
Uma boa prática para evitar os danos é fazer a medição periódica das fontes desses ruídos. Cuidado para não se esquecer de locais aparentemente inofensivos, como uma sala de reuniões. Aparelhos como o decibelímetro (mede a pressão do barulho) e o dosímetro (verifica o tipo de som ao qual determinado espaço está submetido) são os ideais para essa tarefa.
Assim, a organização consegue identificar as situações em que os limites estipulados pelo Ministério do Trabalho estão sendo ultrapassados. Lembre-se de que esse acompanhamento também é compulsório, de acordo com a NR-9.
3. Promova rodízio entre os empregados para mitigar as consequências do barulho
Uma alternativa para evitar multas e, até mesmo, processos trabalhistas é o velho rodízio na equipe. Se não é possível reduzir o volume de uma máquina, essa é uma excelente estratégia. Trata-se de uma maneira simples e econômica de impedir que a tolerância legal seja rompida.
As taxas de NRR e NRRsf, portanto, são metodologias importantes que atestam a eficácia dos protetores auriculares. Entre a primeira alternativa e a segunda, prefira esta última, que é mais moderna e ajustada à realidade.
Com os devidos cuidados, você vai conseguir entender mais sobre a legislação trabalhista, impedir acidentes, garantir a qualidade dos equipamentos de segurança e conscientizar os funcionários sobre a importância das práticas de prevenção.
E aí, o que achou do nosso post? Se ficou com alguma dúvida ou quer conhecer os nossos serviços, entre em contato com a gente!
Na parte do texto que diz que uma banda de rock produz, em média, 100 dB, resultando em dor de cabeça, devo dizer que discordo veementemente.
Pois daria dor de cabeça se esse mesmo som fosse produzido por um grupo de pagode.