O trabalho nas alturas oferece muitos riscos à segurança e à integridade física dos colaboradores. Para evitar acidentes e garantir o bem-estar dos funcionários é fundamental conhecer todos os eventos negativos que podem ocorrer em uma empresa durante o desempenho das atividades laborais. Por isso, é importante realizar corretamente a análise de risco (AR).
Vale lembrar que, além de prevenir a ocorrência de acidentes por meio da constatação dos riscos presentes no ambiente de trabalho e adoção de medidas eficazes para eliminá-los, a realização da AR é fundamental para estar em dia com as obrigações legais, afinal, a Norma Regulamentadora 35 (NR-35) estabelece que ela é uma obrigação do empregador.
Por isso preparamos este post para você. Continue a leitura e descubra qual a importância da análise de risco para os trabalhos em altura e como realizá-la!
Importância da análise de risco no trabalho nas alturas
Como você sabe, não raras vezes, o ambiente de trabalho ou atividade laboral expõe a integridade física e a vida do colaborador a riscos. No trabalho nas alturas, não é diferente. Aqueles que desempenham suas funções 2 metros acima do solo estão sujeitos a muitos riscos, tais como os decorrentes de quedas, da exposição à condições de temperaturas e pressão adversas, ruídos, choques elétricos etc.
Os tipos de evento danosos que podem ocorrer durante a realização de tarefas nas alturas podem variar de acordo com a função do trabalhador, afinal, cada atividade possui suas particularidades e, por isso, oferecem riscos diferentes.
Nesse cenário, a análise de risco é extremamente importante. Por meio de estudos prévios e minuciosos, ela permite conhecer os riscos oferecidos por tipo tarefa, antever eventuais eventos negativos e, consequentemente, identificar as medidas necessárias para redução ou eliminação deles.
Assim, ela auxilia na construção e manutenção de um ambiente de trabalho de qualidade e seguro, bem como para a preservação da integridade física e bem-estar dos colaboradores da empresa.
No entanto, vale lembrar que a análise de risco só será efetiva se feita da maneira correta, ou seja, levando-se em consideração, dentre outros fatores, todas as fases da etapa produtiva, o local em que o serviço é realizado, as condições meteorológicas, os pontos de ancoragem e os riscos de quedas. Além disso, de tempo em tempos, é necessário atualizar os estudos, afinal novas ameaças podem surgir.
Agora que você já sabe o que é e qual a importância da análise prévia de risco no trabalho em alturas, confira 5 dicas ideais de como realizá-la!
1. Análise do local de trabalho
Cada ambiente de trabalho tem suas particularidades e, por isso, oferecem perigos diversos ao trabalhador. Desse modo, a análise de risco também varia de acordo com o local em que a atividade é desempenhada.
Para a identificação dos eventos negativos que podem ocorrer na empresa, é fundamental que os estudos prévios dos riscos levem em consideração o local em que os trabalhadores desempenham suas funções.
Desse modo, o profissional (ou equipe) responsável pela elaboração da análise deve reservar um tempo para conhecer o ambiente de trabalho e, inclusive, para conversar com os funcionários que ali desempenham suas atividades, afinal, aqueles que estão envolvidos nos processos conhecem bem os perigos que vivenciam no dia a dia.
2. Análise das condições meteorológicas
Muito se engana quem acredita que os trabalhadores que desempenham suas atividades em altura estão sujeitos apenas aos riscos de quedas. Esses colaboradores podem ter sua integridade física e segurança afetada por condições meteorológicas adversas.
Vale lembrar que a pressão e a temperatura variam à medida que se distancia do nível do mar. Logo, estes colaboradores podem sofrer com essas variações. Além disso, as condições climáticas também devem ser levadas em consideração, com por exemplo o tempo e intensidade de exposição solar do colaborador em sua atividade.
3. Identificação dos riscos de quedas de materiais e ferramentas
Outro ponto importante que o profissional responsável pela elaboração da análise prévia de risco deve observar e levar em consideração é a possibilidade de quedas de materiais e outros instrumentos de trabalho.
Normalmente, pode ser que haja pessoas transitando ou, até mesmo, trabalhando, em “níveis” abaixo do colaborador que está em nível mais alto. Nesses casos, a queda de algum objeto pode lesioná-las gravemente, principalmente porque a altura da queda aumenta significativamente a força de impacto do objeto no trabalhador eventualmente atingido.
4. Listagem de riscos
Após a identificação de todos os perigos presentes no trabalho em altura desempenhados pelos colaboradores da empresa, é imprescindível listá-los e classificá-los. Isso vai ajudar na identificação das medidas que podem e devem ser adotadas para garantir a segurança no ambiente de trabalho.
Vale lembrar que o ideal é que isso seja feito junto aos colaboradores, afinal, eles conhecem bem as adversidades enfrentadas na realização de suas tarefas. Além disso, nessa etapa, você pode contar com a ajuda de algumas perguntas, tais como:
- onde o risco existe;
- quem está exposto ao perigo;
- quais as consequências da implementação do risco;
- quais as probabilidades de ocorrência do evento danoso;
- o que pode aumentar a chances do evento danoso.
5. Elaboração do plano de controle
Depois de estudar o local de trabalho, identificar e conhecer todos os riscos a que os trabalhadores nas alturas estão submetidos, é hora de concentrar todos os esforços na busca e implementação de medidas que podem reduzir ou evitar eventos negativos na empresa.
Averiguar quais os são os equipamentos de segurança adequados para que os colaboradores desempenhem suas tarefas de forma segura, desenvolver e fornecer cursos de capacitação e treinamentos e redesenhar o espaço de trabalho são algumas medidas que ajudam na redução de riscos.
A conscientização dos trabalhadores também é fundamental para redução dos acidentes, afinal, de nada adianta estabelecer medidas de segurança se elas não forem adotadas pelos colaboradores. Por isso, dialogue com a equipe e mostre a importância do uso dos EPIs, além da adoção dos demais procedimentos de segurança.
Além dessas dicas, na hora de elaborar a análise de risco, é preciso ficar atento ao que diz as normas. Vale lembrar que, para os trabalhos em alturas, as regras estão previstas na Norma Regulamentadora 35 (NR-35), do MTE.
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