O trabalho em altura é uma das principais causas de acidentes graves no mundo todo. Isso porque, para esse tipo de atividade, quando realizada acima de dois metros da superfície do solo, existe risco de queda do colaborador, podendo causar sérias consequências e até ser fatal. Diante disso, é essencial que tanto a empresa quanto os funcionários promovam medidas preventivas para garantir a segurança. Entre elas está o treinamento de trabalho em altura.
No Brasil, a norma regulamentadora n°35 (NR 35) é a responsável por determinar as medidas de proteção e as condições mínimas para o trabalho em altura, estabelecendo organização, planejamento e execução, a fim de assegurar a saúde e a segurança dos trabalhadores envolvidos.
Por isso, para entender um pouco mais sobre o assunto e evitar dores de cabeça, preparamos este artigo para que você saiba a importância dos treinamentos e o uso adequado dos equipamentos de proteção individual para garantir a segurança do trabalhador. Acompanhe!
Qual é a importância de fornecer os EPIs adequados?
Os equipamentos de proteção Individuais (EPIs) são fundamentais para qualquer área de trabalho. Porém, para quem exerce atividade em altura, eles são de extrema importância. Isso porque têm como função proteger e aumentar a segurança do profissional de possíveis riscos que o ameaçam, minimizando a gravidade de lesões e a chances de acidentes.
Diante disso, é essencial que o empregador forneça os EPIs corretos e de uso obrigatório para os colaboradores, como cinto de segurança com talabarte, capacete, luvas, calçados de segurança, cordas, trava-quedas, acessórios para ancoragem, cadeira suspensa e magnésio. Contudo, esses itens podem variar conforme o tipo de trabalho em altura.
Por que se deve assegurar o funcionamento dos equipamentos?
Além de proporcionar o treinamento de trabalho em altura e fornecer os EPIs aos colaboradores, antes de iniciar as atividades, a empresa precisa assegurar o funcionamento dos equipamentos, verificando se estão em boas condições de uso e adequados para cada tarefa.
Antes de iniciar as atividades, é necessário inspecionar os equipamentos diariamente, analisando se estão bem conservados e aptos para uso. No caso de trabalho em altura, por exemplo, deve-se garantir que os que são oferecidos sustentam os movimentos precisos para executar a tarefa, inclusive o próprio peso do trabalhador.
Como deve ser a conduta do profissional nesse tipo de trabalho?
O trabalho em altura exige comprometimento tanto do empregador quanto do empregado. Por isso, de acordo com a NR 35, há alguns deveres e condutas que o profissional deve ter nessa área.
Cabe ao empregador
- garantir o desempenho da avaliação antecipada das condições na área da atividade em altura;
- proporcionar programa de capacitação e treinamento de trabalho em altura;
- assegurar que qualquer atividade em altura inicie somente após serem adotadas medidas de proteção estabelecidas na norma;
- elaborar métodos operacionais para as tarefas diárias de trabalho em altura.
Cabe ao trabalhador
- executar o direito de desconformidade, suspendendo seus afazeres no caso de constatar sinais de riscos iminentes e graves para sua saúde e segurança;
- resguardar pela saúde e segurança de outras pessoas e, principalmente, pela sua;
- respeitar e cumprir os preceitos regulamentares e legais relacionados ao trabalho em altura.
Como devem ser os treinamentos de trabalho em altura conforme a NR 35?
Proporcionar o treinamento de trabalho em altura aos profissionais é uma maneira de assegurar a segurança dos colegas e, também, evitar dores de cabeça para a empresa, visto que essa capacitação é obrigatória e consta na NR 35, item 35.3.
Diante disso, conforme a norma, o treinamento deve ser realizado da seguinte maneira:
- a empresa contratante deve oferecer o programa para capacitação dos colaboradores referente às atividades em altura;
- cabe ao empregador executar o treinamento a cada dois anos e sempre que houver alteração em procedimentos, operações ou condições de trabalho e mudança de empresa;
- o funcionário deve ser submetido e aprovado em treinamento e capacitação teórico e prático para trabalho em altura, com carga horária mínima de oito horas, no decorrer da jornada de trabalho.
Assim, o conteúdo programático do treinamento do trabalho em altura precisa abranger, no mínimo, os itens a seguir:
- regulamentos e normas extensivos ao trabalho em altura;
- medidas de prevenção e controle de riscos potenciais referentes ao trabalho em altura;
- EPIs para trabalho em altura — inspeção, seleção, limitação de uso e conservação;
- situações impeditivas e análise de risco;
- ações em situações de emergência, abrangendo primeiros-socorros e noções técnicas de resgate;
- equipamentos, sistemas e procedimentos de proteção coletiva;
- principais acidentes em trabalho em altura.
Posteriormente, ao término da capacitação, a empresa deve emitir o certificado de conclusão, contendo nome do colaborador, local de realização do treinamento, data, carga horária, conteúdo programático, nome e qualificação dos instrutores e o campo para assinatura do profissional. O certificado é impresso em duas cópias, uma para ser entregue ao trabalhador e a outra para guarda na empresa.
Qual é a importância de não sobrecarregar as escadas?
Outro ponto importante é atentar-se para não sobrecarregar a escada, evitando colocar excesso de objetos em cima delas. Além disso, é preciso verificar o peso corpóreo do trabalhador, para não exceder a carga máxima estabelecida na escada.
Embora a NR 35 não estipule um limite de valor considerado seguro e apto para o colaborador no trabalho em altura, os médicos responsáveis pelo PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) estimam, como critério, que um indivíduo com o peso corpóreo acima de 100 kg é insuficiente para a atividade, assim, não sendo suportado pelo equipamento.
Essa condição é baseada no fato de que, no mercado de equipamentos de segurança, há dispositivos que não são devidamente testados e que suportem o peso acima de 100 kg com a Certificação de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho.
Dessa forma, não há testes que assegurem o total de carga dos equipamentos e a massa corpórea superior a 100 kg. Por isso, não pode haver a capacidade de esgotamento da ancoragem. Assim, para que o colaborador esteja apto a exercer trabalho em altura, é fundamental considerar a capacidade máxima dos equipamentos a serem utilizados.
Qual é a importância de contar com equipamentos adequados para trabalhar em altura?
No trabalho em altura, é extremamente importante contar com EPI e EPC adequados para garantir a saúde e segurança dos funcionários. Para isso, é preciso escolher equipamentos de qualidade, que, em conjunto com outros itens, conferem uma melhor execução das tarefas e, principalmente, asseguram a integridade física do colaborador, impedindo a sua queda.
Nas lojas específicas de equipamentos de segurança e treinamento de trabalho em altura, é possível encontrar produtos que estejam em conformidade com as normas, desenvolvidos especialmente para prevenir acidentes e perdas irreparáveis. Vale a pena investir em qualidade e proporcionar o melhor para seus funcionários.
Quer manter-se por dentro das novidades? Então assine a nossa newsletter e receba conteúdos atualizados diretamente em seu e-mail.