Trabalhos realizados em altura exigem proteção extra para que o trabalhador não corra o risco de sofrer quedas e pôr em risco sua vida e integridade física. Por esse motivo, alguns dispositivos de segurança foram desenvolvidos especialmente para garantir a proteção dessas pessoas contra situações que possam colocá-las em risco.
O talabarte é um dispositivo fundamental que compõe o sistema individual de proteção contra quedas, e é possível encontrar diversos modelos no mercado. Pensando na importância desse tipo de item, neste material, falaremos um pouco mais a respeito do talabarte duplo. Portanto, se você ficou interessado no assunto e quer garantir a segurança dos seus colaboradores, não deixe de conferir este conteúdo até o final.
O que é o talabarte duplo?
O talabarte é um dispositivo de união entre o indivíduo e o ponto de ancoragem que compõe o sistema individual de proteção contra quedas, utilizado durante atividades em altura. Seu objetivo é proteger a vida e a integridade física dos colaboradores contra acidentes que possam ocorrer eventualmente durante a sua jornada de trabalho.
Esse sistema individual é composto por quatro elementos: ancoragem, dispositivos de ancoragem, cinturão de paraquedista e, por fim, talabarte — que pode ser simples, duplo ou de posicionamento.
O talabarte é um elemento fundamental desse sistema. Portanto, deve-se dispensar bastante atenção na hora de escolher o modelo a ser utilizado, uma vez que existem diversos disponíveis no mercado e que exigem cuidados específicos quanto à sua utilização.
Um desses modelos existentes é o chamado talabarte duplo, que é um dispositivo que possui duas “pernas” para serem ancoradas — ao contrário do modelo simples e de posicionamento, que têm apenas uma “perna” —, permitindo que o indivíduo faça a troca de rota de um ponto de ancoragem para o outro, sem que seja necessário soltar-se completamente da estrutura, uma prática que não deve ser realizada!
Qual é a diferença entre o talabarte duplo e os demais?
O talabarte simples, que já mencionamos anteriormente, é utilizado em situações que o trabalhador não necessitará desconectar-se de um ponto de ancoragem para se prender a outro — ou seja, ele estará ligado sempre em uma única rota. Alguns exemplos que podemos citar são os trabalhos em plataformas de trabalho aéreo ou as linhas de vida.
Por outro lado, o talabarte duplo permite que essa troca de ancoragem seja feita com facilidade e, claro, segurança. O trabalhador ancora um gancho ou mosquetão em um ponto e somente depois é que ele pode soltar o outro e conectá-lo, realizando um trabalho de intercalação entre as pernas. Contudo, é importante ficar atento às especificações de uso do produto, uma vez que a má utilização também pode causar danos ao usuário.
Além da variação de talabartes entre o simples e o duplo, o segundo tipo também tem outras variações no mercado – são os chamados talabartes duplos em “Y” ou em “V”. Esses nomes estão relacionados ao modo de travamento das pernas, que imita a forma das letras. Além disso, outra diferença entre eles está no sistema de amortecimento, sendo obrigatória a sua existência nos modelos em “V” (no Brasil, ela é obrigatória em ambos os tipos, exceto em atividades específicas para trabalhos de posicionamento).
Por fim, diferentemente dos dois tipos citados (simples e duplo), o talabarte de posicionamento não permite que o trabalhador transite em altura. Ou seja, ele é apenas utilizado em uma posição fixa e para facilitar o posionamento do colaborador em pontos específicos no trabalho em altura. Além disso, esse tipo de talabarte não é considerado um equipamento de segurança contra quedas e, por isso, ele deve ser utilizado em conjunto ao talabarte de retenção contra queda.
Em quais casos a sua utilização é recomendada?
O uso do talabarte duplo é recomendado em todo e qualquer tipo de trabalho que seja realizado em altura e seja necessário o deslocamento do trabalhador de um ponto de ancoragem até outro, como subir escadas tipo marinheiro, limpar janelas ou acessar máquinas elevadas em indústrias.
Sendo assim, é fundamental conhecer o equipamento a fundo para entender quais são os momentos mais adequados para usufruir de suas funcionalidades, de modo a garantir sempre a segurança do colaborador.
Quais são os riscos de não se utilizar o talabarte corretamente?
O conhecimento sobre o uso adequado do talabarte é essencial para assegurar a segurança do colaborador. Isso porque a utilização das duas “pernas” do dispositivo pode gerar uma falsa sensação de maior segurança, quando, na verdade, pode ser muito mais prejudicial para a sua integridade física durante uma situação de queda.
Nos modelos “V”, por exemplo, cada “perna” é projetada para que o absorvedor reflita um impacto de até 6 kN no usuário. Por isso, o único momento em que ele deve utilizar as duas “pernas” é durante a troca de ponto de ancoragem — mas, atenção: é importante que ele esteja ciente do risco que corre ao mantê-las ancoradas ao mesmo tempo e no mesmo ponto e ancoragem.
Já durante o uso do talabarte duplo em “Y”, muitos profissionais costumam utilizar apenas uma das “pernas” ancoradas e a outra presa no cinturão para que ela não atrapalhe durante a execução da sua atividade em altura. No entanto, caso ele sofra uma queda, o talabarte pode causar danos à sua saúde física ou deixá-lo em uma posição ruim para um resgate.
Apesar de parecer um assunto um pouco repetitivo por ser óbvio, é muito importante reforçar a necessidade de sempre pensar na segurança em primeiro lugar. Por esse motivo, não restringindo ao talabarte duplo, antes de utilizar qualquer tipo de EPI (Equipamento de Proteção Individual), procure conhecê-lo bem e entender o seu funcionamento para garantir que tudo está dentro dos conformes e ele seja utilizado da maneira correta.
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