Diferentes segmentos de atividades diversas, quando laborando em altura, podem apresentar riscos de queda — os chamados riscos de trabalho em altura. Assim sendo, qualquer que seja o objetivo visado ou a necessidade a ser atendida ao operar nessa condição, é indispensável promover a segurança do operador para que acidentes não ocorram.
A Norma Regulamentadora 35 (NR 35) considera trabalho em altura “toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda”. Assim, no caso de operar em alturas acima dessa referência, o empregador deverá seguir as diretrizes da norma para segurança dos colaboradores envolvidos.
Continue a leitura e veja quais os principais fatores de risco do trabalho em altura!
Por que é preciso considerar os acidentes no trabalho em altura?
Algumas atividades profissionais ou mesmo situações emergenciais que surgem podem apresentar riscos inerentes às condições em que serão executadas. É o caso do trabalho em altura, no qual a natureza da atividade já traz consigo riscos de acidentes cujos principais fatores podem ser identificados.
Assim, podem ser tomadas as medidas preventivas para que sua realização seja conduzida com a segurança exigida. Nesse sentido, devem ser considerados, em especial:
- capacitação e treinamento condizentes;
- utilização de equipamento de segurança coletivo (EPC) pertinente;
- utilização de equipamento de proteção individual (EPI) pertinente;
- cumprimento das normas de segurança aplicáveis.
No caso do trabalho em altura, especificamente, devem ser muito bem observadas as previsões da norma NR 35 — Trabalho em Altura. Esse documento normativo do Ministério do Trabalho e Previdência relaciona, entre outras, as responsabilidades devidas pelo empregador e por seus colaboradores.
Quais os principais fatores de risco envolvidos?
O principal fator de risco ao laborar em altura é constituído pela possibilidade de queda. Falhas operacionais do profissional podem estar envolvidas, mas existem outros importantes fatores identificados nas ocorrências de acidentes. A seguir, veja os mais relevantes!
Posições perigosas
Às vezes, a tarefa a ser executada ou a condição em determinado momento de sua realização aponta para uma solução de maior risco. É o caso de ter que se colocar em posições perigosas durante a operação, o que deve ser evitado a todo custo pelo trabalhador.
Situações dessa natureza podem surgir por deficiência da infraestrutura de segurança existente ou adotada no momento da operação. Também podem resultar de opções erradas feitas pelo trabalhador no momento de sua realização.
Cargas pesadas
A operação de cargas muito pesadas requer atenção redobrada, uma vez que uma pequena falha pode resultar em acidente de grandes proporções. É o caso, por exemplo, de grandes máquinas, estruturas para shows, peças para construção civil, entre outras.
Assim, o volume e o peso da carga requerem qualificação especial dos operadores envolvidos, principalmente daqueles que estarão laborando em altura. Da mesma forma, equipamentos adequados e apropriados às cargas pesadas são imprescindíveis para a condução de uma operação segura.
Quedas por eventos
Algumas situações como colapsos de estruturas, quedas de carregamentos e manejo inadequado em cargas pesadas podem provocar a queda do trabalhador. São situações inusitadas, mas invariavelmente relacionadas a deficiências estruturais, equipamentos inadequados ou treinamento deficiente da equipe.
No entanto, constituem experiências de grande risco para o trabalhador operando em altura. Por essa razão, requerem avaliações detalhadas dos cuidados pertinentes antes de iniciar a operação, assim como o preparo adequado de todo o pessoal envolvido com a capacitação necessária e treinamentos exaustivos.
Choque elétrico
O choque elétrico não se limita às operações técnicas de manutenção de redes em poste e torres de alta-tensão. Muitas operações como podas de árvores e manutenção predial em altura podem ocorrer próximas à rede elétrica, e, nesses casos, há o risco de contato e choque elétrico com possibilidade de queda do operador.
Contudo, as atividades diretamente realizadas em ambiente de condução de eletricidade constituem o maior risco para o trabalhador. Nesses casos, além da especialização no manejo desses componentes, a utilização precisa dos EPIs adequados e o cumprimento à risca dos protocolos de segurança são fundamentais para se evitar acidentes.
Condições meteorológicas
Muitas vezes, as condições climáticas representam fator impeditivo para a realização de determinadas atividades. No entanto, elas podem surgir no decorrer da operação e se manifestarem em eventos capazes de provocar a queda do trabalhador laborando em altura.
Dessa forma, a insolação, o vento e a chuva podem ser fatores de risco para atividades em altura nessas condições. Por essa razão, a previsão de sua ocorrência deve ser avaliada no planejamento da operação e os cuidados redobrados quando emergências exigirem sua execução em situações climáticas inapropriadas.
Treinamento inadequado
Independentemente da tarefa a ser executada, o trabalho em altura por si só já é uma atividade de risco. Essa premissa é suficiente para exigir capacitação adequada e treinamento suficiente para que a equipe esteja sempre próxima do ideal de segurança.
Para capacitar uma equipe para operar em altura, é preciso contar com profissionais experientes na operação, mas também na transmissão desse conhecimento e dessa experiência. Não se pode apenas teorizar. Portanto, o treinamento deve ser constante e os detalhes repetidos incessantemente.
Quais as principais formas de fornecer segurança em altura?
Segurança, de maneira geral, é assunto que deve ser conduzido com foco na prevenção. Nesse sentido, muitas iniciativas precisam ser tomadas para que os riscos de acidentes sejam minimizados. Considere as principais formas de fornecer segurança em altura mostradas a seguir:
- certificar-se do fornecimento e da utilização dos respectivos EPCs e EPIs pertinentes;
- providenciar capacitação e treinamento constantes das equipes envolvidas com trabalho em altura;
- certificar-se da adequação e das condições de manutenção dos equipamentos de proteção individual e coletiva utilizados;
- avaliar os locais de operação, sobretudo quando se tratar de superfícies menos resistentes;
- providenciar proteção contra queda de objetos;
- adotar as boas práticas de acesso por escada de segurança para subida e descida.
Como você pode ver, o risco do trabalho em altura pode se apresentar de variadas formas para o operador, além de ter origem em diferentes fatores. De maneira geral, para cada um desses fatores, existem medidas a serem tomadas as quais são capazes de reduzir significativamente a incidência desses riscos.
Agora que você conhece esses fatores de risco, fique por dentro dos EPIs para o trabalho em altura!