Ser responsável por evitar as principais causas de acidente de trabalho é uma tarefa bastante séria e que não deixa margens para erros. A melhor maneira de desempenhar essa função é a prevenção, acompanhada da conscientização e do treinamento.

Por isso, fizemos uma lista com as 7 principais causas de acidente de trabalho. Veja agora quais são os tópicos que merecem sua atenção especial no dia a dia!

Quais são as 7 principais causas de acidentes de trabalho?

1. Cansaço

A fadiga é responsável por muitos acidentes de trabalho e precisa ser acompanhada de perto. Não basta o funcionário utilizar corretamente o seu EPI (Equipamento de Proteção Individual), mesmo que ele esteja em boas condições, se o nível de atenção às tarefas estiver abaixo do esperado.

Naturalmente, todo profissional cansado ficará sujeito a cometer mais erros. Esse cansaço pode ser tanto físico quanto mental. Em ambos os casos, a tendência a não prestar atenção aos detalhes aumenta e é aí que os acidentes podem acontecer.

Portanto, confira se seus funcionários estão respeitando os seus horários de descanso, principalmente, os que trabalham em períodos noturnos.

2. Repetições

Além de traumas e acidentes mais pontuais, as repetições também são grandes vilãs. Elas podem causar sérios danos à saúde pelo desgaste físico.

Isso porque o trabalho repetitivo pode fazer com que o funcionário fique mais negligente com o passar do tempo. Ao criar um hábito, ele pode deixar de lado um EPI ou uma parte do processo com o qual já “está acostumado” e sabe como funciona. Jamais permita isso!

Para evitar esse tipo de problema, é importante avaliar se a ergonomia está adequada, em cada caso, além de instruir que sejam realizadas tarefas alternadas, a fim de evitar que o trabalhador fique muito tempo fazendo a mesma atividade.

3. Materiais perigosos

Alguns tipos de materiais usados nas empresas podem ser extremamente danosos à saúde e, se não forem respeitadas as formas de uso, transporte e armazenamento, eles acabam sendo fonte de muitos acidentes.

Atenção redobrada àqueles que não parecem ser tão perigosos por não exalarem cheiro, não emanarem calor ou por não terem uma cor chamativa. Queimaduras, inalação e outros tipos de problemas precisam ser evitados com o uso correto dos EPIs, além de uma qualificada instrução acerca dos procedimentos corretos de manuseio e cuidados em casos de acidentes.

4. Queda em altura

Sendo um dos tipos de acidentes mais fatais, a queda em altura é ainda muito comum, principalmente, em canteiros de obras. Devido ao fato de alguns operários que trabalham em altura não utilizarem todos os equipamentos de segurança, eles acabam se tornando vítimas desse tipo de acidente. Também pode ocasionar a queda em altura a não utilização da forma correta dos acessórios protetores.

 

Outro ponto importante é que, em alguns casos, a altura não é grande o suficiente para causar a morte do funcionário e, por isso, muitos deles ficam menos preocupados com a utilização do EPI adequado ao risco e este conectado a um sistema de prevenção ou proteção contra quedas, o que pode ocasionar lesões graves ou mesmo a invalidez.

 
 


5. Estresse

Assim como no caso do cansaço, o estresse afeta a concentração e o aspecto emocional do trabalhador, causando distrações nos detalhes do ambiente de trabalho.

Muitas vezes, um nível alto de estresse faz com que o funcionário acabe trabalhando em ritmo mais acelerado, o que resulta em menos atenção ao que se está fazendo, movimentos mais bruscos e menos preocupação com o correto manuseio de peças, máquinas e ferramentas.

6. Escorregões

A não ser que se trate de escorregões em lugares altos ou perto de máquinas mais perigosas, como aquelas que têm pontas, partes quentes ou serras, os escorregões não costumam ser levados muito a sério, o que é um gravíssimo erro.

Ainda que se trate da limpeza de um ambiente, é necessário sinalizar bem o local e oferecer todos os aparatos necessários para quem está exercendo a atividade profissional nesse recinto.

Botas, placas de avisos e pisos antiderrapantes devem ser uma preocupação constante, a fim de evitar, inclusive, as pequenas quedas. Esse tipo de acidente, mesmo no nível do solo, pode gerar torções e até mesmo fraturas mais sérias.

7. Não utilizar o EPI adequado

Quanto ao uso do EPI, alguns reforços precisam ser feitos constantemente junto à sua equipe:

  • o primeiro deles se refere à importância da utilização correta e permanente do EPI. Além de ser fundamental para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores, é uma obrigação que, ao ser descumprida, leva a empresa a ser penalizada;
  • outro ponto a ser reforçado é a atenção quanto às condições dos EPI. Eles devem ter a capacidade de oferecer a proteção a que se propõem;
  • por último, ressaltamos a necessidade de utilizar um EPI dentro da validade.

É importante lembrar que não se pode permitir o empréstimo de um EPI de outra pessoa ou de outra área. Sé é obrigatório utilizar um par de luvas de PVC, não se pode substituir por luvas de outro material. Da mesma forma, se é indicada uma máscara que cubra todo o rosto, uma máscara parcial não servirá.

Como dedicar total atenção às causas de acidente de trabalho?

Causando mortes e danos à saúde de muitos brasileiros, os acidentes de trabalho preocupam pela sua frequência. Somos o quarto país no mundo em números de acidentes. É fundamental, portanto, que todos os trabalhadores entendam a importância da segurança do trabalho e se mantenham continuamente focados na prevenção desses acidentes.

Além dos custos financeiros que as empresas têm com indenizações, multas, e todo tipo de cuidado médico oferecido aos funcionários, o foco delas deve ser o bem-estar dos seus trabalhadores e a conscientização de proporcionar as melhores condições de trabalho.

É preciso destacar que grande parte dos acidentes de trabalho ocorre devido à falta de projetos estruturais (criação de sistemas de linha de vida e ancoragem), além de uma escolha errada dos equipamentos de segurança. Manter-se atualizado na prevenção de acidentes é primordial para técnicos comprometidos.

Essa é uma missão difícil, mas crucial. Com a rotina corrida na maior parte das indústrias, não é nada fácil assegurar que todas as normas e exigências sejam cumpridas. Para ajudar você a se organizar melhor, separamos algumas dicas que farão toda a diferença. Confira logo a seguir!

Identifique os riscos

É preciso listar quais são as principais causas de acidente de trabalho dentro da empresa, ponto a ponto. Um bom conselho é fazer essa pesquisa por ambientes: linhas de produção, setor de estoque, parte administrativa etc.

Um levantamento em cada cenário vai ajudar você a não se esquecer de nenhuma ameaça. Dê uma atenção especial para as circunstâncias aparentemente inofensivas. Isso porque, quando o perigo é alto, como no caso de incêndios ou explosões, dificilmente as providências serão deixadas de lado.

O contrário pode acontecer em contextos nos quais, à primeira vista, não haveria grandes chances de ocorrências atípicas. Por exemplo: um simples chão molhado que se torne escorregadio pode causar graves lesões em um colaborador.

Objetos que obstruam a passagem também merecem cautela redobrada. Se o funcionário precisa transportar cargas pesadas, ainda que em pequenas distâncias, fique atento para que isso aconteça de uma forma segura.

Quando a empresa tem um ramo de atividade cuja natureza é mais arriscada, reforce as providências preventivas. O trabalho em altura, por exemplo, requer medidas específicas, como a utilização de cintos e talabartes, assim como um sistema de ancoragem bem-feito.

Faça um bom planejamento

Muitos gestores da área de segurança do trabalho sofrem por causa do excesso de atividades, que acaba atrapalhando a organização das ações necessárias. Além desse problema, há a questão da legislação, que pode ser bem complexa, dependendo do tema. Isso sem falar que, de tempos em tempos, as leis costumam passar por modificações. É mais uma responsabilidade em suas costas.

São dilemas compreensíveis, mas você precisa superá-los. Nesse sentido, a criação de bons programas de prevenção é a melhor saída. Providencie soluções para cada um dos riscos que forem identificados.

O ideal é que eles sejam eliminados. Se não for possível, oriente os trabalhadores a tomarem atitudes que reduzam as chances de acidentes. Muitas empresas têm adotado a elaboração de manuais de política de segurança. Eles são ótimos para esclarecer o time.

Não se esqueça de usar uma linguagem clara e simples, para que todo mundo consiga compreender com facilidade. Nesse documento, registre todas as regras que a instituição considera como indispensáveis para evitar os acidentes de trabalho.

Outra dica relevante é ter um POP (Procedimento Operacional Padrão) para a totalidade de atividades da companhia. Evidentemente, a produção dos POPs deve levar em consideração os riscos que você levantou na pesquisa.

Sinalize as áreas perigosas

Lembra quando falamos, há pouco, sobre identificar os riscos em cada ambiente? Depois que essa lista estiver pronta, você terá de sinalizar todas as situações perigosas.

Para saber como fazer isso, a melhor forma é estudar a Norma Regulamentadora (NR 12). Assim, por meio de desenhos práticos e uma comunicação direta e objetiva, você avisa os funcionários sobre as chances de danos à saúde ou à integridade física.

É possível comprar placas prontas que trazem símbolos padrões para alertar sobre choques, explosões, queimaduras, reações químicas, incêndios etc. Os equipamentos e maquinários carecem de manuais de orientação sobre o modo de utilização. Deixe esses dados acessíveis durante a rotina de trabalho.

Tenha atenção especial com a conservação dos EPIs

Como já dissemos, o uso inadequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) está entre as principais causas de acidente de trabalho. Mas há outro tópico importante relacionado a esse tema. Além de oferecer os utensílios recomendados para cada tipo de atividade e as instruções de uso, a empresa também não deve se esquecer da limpeza e da manutenção dos acessórios de proteção.

Providencie que sejam seguidas as recomendações do fabricante. Excesso de sol pode causar rachaduras. Já o armazenamento em lugares muito úmidos contribui para a proliferação de bactérias. A maioria desses itens deve ser lavada com sabão neutro e secar à sombra. Verifique as indicações para cada categoria de EPI. O descuido pode comprometer a função protetora.

Garanta vistorias corriqueiras nas instalações

Não adianta encontrar os perigos e utilizar esse mesmo relatório por meses a fio. De um dia para o outro, os cenários mudam. Isso precisa ser acompanhado bem de perto.

Por essa razão, periodicamente, é indispensável refazer a pesquisa de identificação de riscos para achar as ameaças de novo. Verifique as instalações elétricas, as condições do piso, de janelas rachadas, de grades mal fixadas, entre outros aspectos.

Treine seus funcionários

O treinamento dos colaboradores é mais um quesito crucial para manter a segurança e afastar os comportamentos de riscos. Existem as capacitações que são obrigatórias: ensinar como utilizar o maquinário e os EPIs, por exemplo. Porém, você não deve ficar preso apenas ao que determina a lei. É preciso todo um trabalho de conscientização e convencimento dos funcionários para que eles realmente coloquem em prática o aprendizado.

Faça mais palestras, use vídeos para não ficar tão monótono e peça ajuda do time para encontrar os problemas. Afinal, os funcionários circulam pelas instalações todos os dias.

Se você souber aproveitar esse fato a seu favor, quando fizer as suas vistorias periódicas, encontrará bem menos falhas. Isso porque, com os dados levantados pelos próprios profissionais, você poderá providenciar as substituições e os consertos necessários mais rapidamente.

Acompanhe as revisões nas Normas Regulamentadoras

Para driblar as principais causas de acidente de trabalho, é muito importante sempre ter como referência as Normas Regulamentadoras (NRs) atualizadas. Afinal, são regras elaboradas pelo Ministério do Trabalho com o intuito de assegurar a segurança e a saúde das pessoas. Por causa disso, elas são obrigatórias.

Mas não é só pela exigência legal que você deve sempre estar bem informado sobre elas. Essas determinações servem de diretriz. Quando você se sentir confuso com uma ou outra imposição ou medida, descobrirá o que fazer ao consultar esses documentos.

Empresas de segurança do trabalho, sejam prestadoras de serviços, sejam fornecedoras de EPIs, costumam contar com blogs especializados, nos quais é possível acompanhar de perto essas alterações.

Como você pôde notar, ao saber um pouco mais sobre as principais causas de acidente de trabalho, será mais fácil lidar com o assunto em seu local de atuação profissional.

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4 thoughts on “Quais são as principais causas de acidentes de trabalho? Descubra!

    • Equipe CONECT says:

      Olá Borges, obrigado pelo feedback positivo. Esse é o objetivo do blog.
      Falar sobre segurança e prevenção é a única maneira de evitarmos acidentes.
      Ajude-nos a divulgar esse conteúdo compartilhando para seus amigos e nas redes sociais.

      Vamos levar essa mensagem para mais pessoas

  1. Anton says:

    Caríssimos Prevencionistas, aproveitando deste momento(nova oportunidade), quero desejar a todos, uma feliz Páscoa. E que este trabalho(missão) de prevencionistas, tenha longa vida. O Brasil, não só no mundo do trabalho, mas principalmente, no mundo da PREVENÇÃO, precisa(necessita) de grande missionários na questão da Prevenção. Ainda, são muitos colaboradores que perdem suas vidas, ganhando o pão de cada dia. Meus parabéns por este trabalho de vocês. Meus sinceros agradecimentos pelos conteúdos compartilhados.Meu cordial abraço a todos.

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