Os indicadores de desempenho (KPIs) são métricas utilizadas para avaliar os resultados dos processos de uma instituição, a fim de verificar se eles são ou não aceitáveis, tendo como referência as metas estabelecidas. Desse modo, pode-se dizer que eles são instrumentos de gestão que servem para orientar a tomada de decisões.
Entre as inúmeras métricas que a empresa pode utilizar para mensurar os resultados de seus processos, estão os indicadores de segurança do trabalho. De modo geral, eles são utilizados para avaliar os eventos relacionados à segurança e saúde do trabalho, viabilizando a identificação de eventuais pontos fracos e a implementação de melhorias.
Vale ressaltar que o acompanhamento eficiente desses indicadores contribui para o fortalecimento da cultura de segurança do trabalho na instituição e, claro, para a redução dos riscos no ambiente corporativo. Afinal, os resultados dos processos serão monitorados, o que viabiliza a adoção de medidas aptas a sanar eventuais falhas.
Pensando nisso, preparamos este post com os indicadores de segurança do trabalho mais importantes. Continue a leitura e descubra como mensurar as ações de prevenção e proteção de acidentes em sua empresa!
Taxa de frequência de acidentes de trabalho relatados
Toda instituição deve fazer os registros dos acidentes de trabalho relatados. Esses registros devem ser mantidos em um banco de dados organizados, que viabilize a extração e análise das informações por meio de indicadores universais, como a taxa de frequência de acidentes.
Como o próprio nome sugere, esse indicador é utilizado para medir a frequência de acidentes e, consequentemente, identificar eventual necessidade de rever as medidas de prevenção e proteção de determinado setor da empresa em razão da insuficiência dos resultados alcançados.
A taxa de frequência de acidentes nada mais é que o número de trabalhadores acidentados por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado intervalo de tempo. Assim, ela é calculada por meio da seguinte fórmula:
taxa de frequência = número de acidentados x 1.000.000 / horas-homem de exposição ao risco.
Taxa de gravidade dos acidentes de trabalho
Assim como a taxa de frequência, a taxa de gravidade é um indicador muito importante para avaliar os acidentes ocorridos em uma instituição. Ele se presta a mensuração da gravidade dos acidentes e consequente identificação da necessidade de se reavaliar as medidas de prevenção e proteção de determinado departamento da empresa.
De modo simplificado, a taxa de gravidade consiste na quantidade de tempo perdido (computado em dias) com afastamentos decorrentes de acidentes por milhão de horas-homens de exposição ao risco. Desse modo, ela é calculada por meio da seguinte fórmula:
taxa de gravidade = tempo computado x 1.000.000 / horas-homem de exposição ao risco.
Custos com multas
Como já é conhecido por todos profissionais deste ramo, uma das sanções que a empresa pode sofrer por descumprir a legislação relativa à segurança e saúde do trabalho é a penalidade de multa. Por isso, uma boa forma de mensurar os resultados das medidas de prevenção e proteção adotadas é medindo os cultos decorrentes de multas originárias de inspeções dos auditores-fiscais.
Nesse caso, a empresa deve somar os custos das multas em determinado período (por exemplo, em um mês, bimestre, semestre ou ano) e comparar com os custos do período anterior. Com base nessa comparação, é possível verificar se os custos estão aumentando ou reduzindo e, consequentemente, se a empresa está evoluindo ou não em relação à segurança do trabalho.
Número de reuniões da CIPA
Conforme previsto na norma regulamentadora 05 (NR O5), a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) deve realizar encontros ordinários mensais, com base em calendário preestabelecido. Em suma, essas reuniões são para o planejamento e avaliação das ações preventivas de acidentes e doenças de trabalho.
Desse modo, o monitoramento do número de reuniões da CIPA permite identificar se ela está se reunindo com frequência ou não. Se os encontros forem reduzidos, possivelmente, a atuação da comissão está sendo deficitária e, consequentemente, as medidas de prevenção e proteção não estão sendo tratadas com a seriedade devida.
Quantidade de doenças ocupacionais
As doenças ocupacionais são aquelas desenvolvidas pelo trabalhador em razão da atividade por ele desempenhada ou das condições de trabalho a que ele está submetido. É o caso, por exemplo, das lesões por esforços repetitivos (LER), asma ocupacional, ansiedade, entre outras.
No geral, além de afetar a saúde do trabalhador, as doenças ocupacionais impactam diretamente na produtividade de toda a equipe e podem representar custos significativos para a empresa, por exemplo, com afastamentos.
Nesse cenário, ter um indicador para mensurar o número de doenças ocupacionais na empresa permite avaliar as medidas de proteção adotadas e, principalmente, verificar a necessidade de repensá-las para que haja melhoria da eficácia das ações de segurança do trabalho na instituição.
Quantidade de manutenções preventivas realizadas
Eventuais falhas em equipamentos e máquinas podem provocar acidentes de trabalho graves. Nesse cenário, a identificação de equipamentos e máquinas danificados ou que apresentam defeitos é muito importante para tornar o ambiente de trabalho mais seguro.
Por sua vez, a mensuração das manutenções preventivas realizadas e posterior comparação com as planejadas é uma boa forma de avaliar as ações de segurança do trabalho adotadas pela empresa.
Quantidade de inspeções realizadas
No geral, as inspeções realizadas pelos profissionais de segurança do trabalho são motivadas pela necessidade de verificar a existência de fatores de risco, o cumprimento das medidas de proteção pelos trabalhadores (por exemplo, o uso adequado de EPI), o funcionamento dos equipamentos e máquinas, a presença de irregularidades nas ações etc.
Desse modo, a mensuração da quantidade de inspeções realizadas é um indicador que serve para avaliar se as condições de segurança do ambiente de trabalho estão sendo devidamente verificadas e, consequentemente, se a empresa está atuando de forma preventiva.
Cabe ressaltar que esses são apenas alguns dos indicadores de segurança do trabalho. Existem vários outros, como a taxa de letalidade, o índice de acidentados, o tempo médio para resolução de riscos e problemas, a quantidade de treinamentos sobre segurança do trabalho, a quantidade de EPIs fornecidos, entre outros.
Não se esqueça que acompanhar os indicadores de segurança do trabalho é fundamental para avaliar a eficácia das ações de prevenção e proteção, identificar eventuais problemas e medidas aptas a saná-los. Assim agindo, a empresa conseguirá reduzir os acidentes de trabalho, garantir o bem-estar do colaborador e evitar penalidades!
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