Um dos principais de geradores de acidentes fatais no mundo é o trabalho em altura. No Brasil, a norma que regulamenta essa atividade é a NR 35, estabelecendo medidas de segurança e equipamentos obrigatórios para prevenir esse tipo de acidente. Além disso, há um conceito de avaliação conhecido como fator de queda no trabalho em altura, que deve ser calculado com precisão de modo a proporcionar saúde e bem-estar dos funcionários.
Dessa forma, antes de executar qualquer atividade em altura a atenção dos colaboradores deve ser redobrada, pois é preciso realizar uma análise de risco para verificar os níveis aceitáveis de segurança no decorrer do trabalho. Contudo, apesar da importância, muitas pessoas desconhecem fator de queda e a necessidade do cálculo para assegurar a segurança dos trabalhadores envolvidos.
Por isso, preparamos este artigo para que você entenda sobre as principais informações a respeito do fator de queda trabalho em altura e como calculá-lo. Continue com a gente e confira!
O que é o fator de queda trabalho em altura?
É uma razão que diz respeito sobre a existência da distância entre a queda do trabalhador e o comprimento do talabarte ou cabo que evitará o choque proveniente de uma queda. Assim, em decorrência de uma queda é possível calcular a ação do impacto realizado pelo corpo do trabalhador no exato momento do acidente.
Dessa forma, é fundamental utilizar esse conceito para determinar os possíveis riscos de queda no decorrer de um trabalho em altura. Isso é calculado independentemente do tempo ou força gravitacional, pois não há variações referentes a esses aspectos, somente o ponto de conexão do dispositivo de retenção da queda e seu respectivo ponto de ancoragem.
Qual a importância de calculá-lo?
Por meio do cálculo do fator de queda é possível ter certa precisão das consequências causadas pelo sistema de segurança no corpo do usuário e, principalmente pelo dispositivo que suporta a queda. Diante disso, os fatores envolvidos em uma queda são decorrentes do peso, fator de queda e do tipo de equipamento utilizado. O talabarte, por exemplo, reduz consideravelmente a força de uma queda sobre o trabalhador, devido a sua capacidade em absorver a energia de maneira antecipada através de seu absorvedor integrado.
Como o cálculo deve ser feito?
O fator de queda no trabalho em altura deve ser calculado em todas as condições que possam colocar em risco a saúde e segurança do trabalhador. Essa é uma análise que tem como objetivo resguardar a integridade física do individuo, além de evitar que possíveis acidentes ocorram ao longo da jornada de trabalho.
No entanto, o comprimento ou a distância da possível queda precisa ser o mínimo para que o fator de queda também seja diminuído. Para isso, a operação matemática deve ser feita usando a seguinte equação:
FQ= altura da queda / comprimento do talabarte/trava queda
Diante disso, é necessário atentar para alguns detalhes relacionados com a classificação do fator de queda para interpretar os resultados obtidos.
Classificações do fator de queda
Menor que 1 – o ponto de ancoragem do talabarte/trava queda é usado acima da cabeça. Exemplo: O indivíduo conecta o gancho do talabarte com o comprimento de 1,5 m a uma altura de queda 0,30 m, logo a equação será:
FQ = 0,3/1,5
FQ = 0,2
Dessa forma, na ocorrência de uma queda, a distância percorrida pelo dispositivo será de apenas 30 cm, com o fator em 0,2, obtendo um impacto reduzido no corpo do trabalhador.
Igual a 1 – quando o talabarte é fixado em um ponto de ancoragem que condiz com a altura do ombro. Exemplo: O talabarte fixado pelo trabalhador tem o comprimento de 1,5 m e a distância de queda com também 1,5 m ( altura do ombro do usuário) , obtendo a seguinte equação:
FQ = 1,5/1,5
FQ = 1
Na queda, o indivíduo vai se locomover descendo 1,5 m, tendo a mesma dimensão do talabarte e o fator de queda igual a 1. O impacto no corpo do funcionário vai ser ampliado, devido ter a mesma proporção ao tamanho do talabarte porém com uma força de impacto no corpo aceitável.
Maior que 1 – quando fixa o talabarte em um ponto de ancoragem bem abaixo do seu centro de gravidade. Exemplo: O trabalhador usa o talabarte com um comprimento de 1,5 m e a altura de queda com 3 m ( conexão do gancho do talabarte no piso onde usuário está) , resultando em:
FQ = 3,0/1,5
FQ = 2
Na queda, o trabalhador distancia o dobro do comprimento do talabarte, gerando um fator de 2. Já o impacto sofrido vai ser correspondente a duas vezes o tamanho do talabarte, gerando uma força de impacto ainda maior no corpo do colaborador. Além disso, o cálculo do fator de queda resultando a 2 é o limite máximo de choque que o talabarte e o corpo humano podem suportar.
Por isso, o ideal para guardar a integridade física do funcionário é que o fator de queda trabalho em altura seja sempre igual ou inferior a 1. O equipamento ideal para ser utilizado é portanto o trava quedas pois reduz substancialmente a distância de uma eventual queda e consequentemente o fator de queda.
Qual a importância de investir em EPIs de qualidade?
Os equipamentos de proteção individual (EPIs) precisam ser priorizados pelos funcionários e pela empresa. No trabalho em altura, a importância de investir em EPIs de qualidade é ainda maior, pois em qualquer atividade realizada com dois metros ou mais de desnível entre o acesso e o local de trabalho, é fundamental garantir a saúde e integridade física dos funcionários envolvidos.
Dessa forma, é possível assegurar operações e processos de qualidade, diminuir riscos e aumentar a motivação da equipe. Além disso, investir em segurança significa evitar possíveis prejuízos ao trabalhador e à própria empresa que enfrentará com tranquilidade uma eventual fiscalização ou auditoria externa. A empresa passa a ser vista com bons olhos pelos seus colaboradores e funcionários, devido a sua ação em reconhecer a integridade da saúde e segurança de todos os funcionários envolvidos.
Por isso, vale a pena optar pelos equipamentos de proteção individual como trava quedas e talabartes cujo fabricante tenha boa reputação no mercado e forneça informações adequadas sobre os riscos, visto que atividades em altura que contemplam um fator de queda 2 pode comprometer a integridade tanto do equipamento quanto do próprio colaborador.
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Gostaria de saber onde qual o valor da caraga final e kn de um corpo pesando 70 kg no fatores de queda 1, 2 e 3 ou quanto será massa do indivíduo no final da trajetória.