O monóxido de carbono é uma substância química que pode ser emitida tanto por fontes naturais como artificiais, e está presente em vários seguimentos industriais, principalmente naqueles em que há queima de combustíveis.
Apesar de comum, ele é muito perigoso para as pessoas que estão em contato direto com esse gás e, por isso, todas as precauções devem ser tomadas para que não haja exposição e intoxicações.
Pensando nisso, neste texto mostraremos o que é esse gás, quais suas fontes emissoras, seus riscos e como evitá-los. Confira!
O que é o monóxido de carbono?
O monóxido de carbono é representado pela fórmula CO e é um gás que está presente em vários locais, principalmente naqueles em que há queima de combustíveis fósseis. Ele se caracteriza por ser sem cor, cheiro ou sabor, o que o torna ainda mais perigoso.
Esse gás é inflamável e extremamente perigoso para os humanos por ser considerado um asfixiante químico, que pode causar vários tipos de intoxicações. Geralmente é produzido pela queima em condições com pouco oxigênio ou alta temperatura de carvão.
O CO também é muito utilizado como agente redutor, que retira o oxigênio de compostos em processos industriais, como na produção de ferro e metais a partir dos minérios e hidrogênio.
Outro uso comum do monóxido de carbono é na purificação do níquel, produzindo um composto volátil conhecido como processo Mond. Ele também é utilizado na síntese de compostos orgânicos, como plásticos, hidrocarbonetos, metanol e ácido acético.
Quais as fontes emissoras desse gás?
Tanto fontes naturais como as artificiais (causadas por humanos) podem emitir o CO. Entre as primeiras estão as atividades vulcânicas, descargas elétricas e vazamentos de gás natural que ocorrem por fenômenos no nosso planeta.
Já a emissão por fontes artificiais se dá principalmente na atividade industrial pela combustão incompleta — em condições de pouco oxigênio. Aqui a queima de lenha, carvão vegetal, querosene, gás, óleo diesel, gasolina entre outros são os principais responsáveis pela emissão.
Assim, os locais com maior emissão do monóxido de carbono são os sistemas de aquecimento, indústrias de queima de tabaco e biomassa, além das termelétricas que utilizam carvão mineral ou vegetal.
Ele também é emitido quando há a chamada oxidação fotoquímica de compostos voláteis na atmosfera ou na superfície da água. Porém, as emissões mais frequentes acontecem pelas queimadas e pelo gás emitido pelos veículos a combustão.
Com essa diversidade de fontes emissoras, é fundamental conhecer todos os riscos gerados pela exposição ao CO e como evitar intoxicações, para que os empregados não tenham problemas de saúde ao entrar em contato com esse gás.
Quais os riscos gerados pela exposição?
A exposição ao monóxido de carbono pode gerar diversos problemas graves, tanto para humanos quanto para animais, pois há o risco de envenenamento. Quando isso acontece, os sintomas imediatos são: tontura, fraqueza, náuseas, dor de cabeça e dor no peito.
Em casos de intoxicação grave, é possível ocorrer desmaios e até mesmo a morte, caso a exposição seja prolongada e em alta frequência. A longo prazo a intoxicação pode acarretar várias sequelas cardíacas e neurológicas.
Crianças pequenas, idosos e adultos com doenças cardíacas são mais suscetíveis aos efeitos desse gás. Por isso eles compõem o grupo de risco que sofre consequências piores ou costuma apresentar sequelas mais facilmente.
Mesmo em pessoas saudáveis os riscos são grandes, principalmente quando a exposição acontece em doses mais elevadas e exposições longas, podendo causar intoxicação grave no sistema nervoso, coração e até ocasionar a morte.
Já a intoxicação crônica, ou seja, aquelas causadas por exposições prolongadas em baixas concentrações, tem os seus efeitos tóxicos cumulados e podem acarretar insônia, fadiga, redução da capacidade física, de destreza, aprendizado e de trabalho, além de doenças respiratórias, cardíacas e arteriosclerose.
Portanto, a intoxicação por monóxido de carbono se dá de forma crônica em doses reduzidas ou mesmo por uma exposição elevada, causando vários problemas que prejudicam o trabalhador e trazem consequências muito graves.
Como evitar a intoxicação por esse gás?
Sabendo de todos os efeitos do monóxido de carbono, é fundamental saber como evitar a intoxicação por esse gás, capaz de causar problemas graves aos trabalhadores e até mesmo a morte, quando a exposição for muito elevada.
Primeiro, é muito importante que a empresa realize todos os laudos necessários e descritos nas Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pois elas asseguram a prevenção e fazem um estudo profundo sobre todos os riscos laborais.
Como esses documentos são feitos por profissionais em segurança e medicina do trabalho, eles detalharão todos os cuidados a se tomar e medidas que devem ser adotadas para que o ambiente seja mais seguro e salubre.
O treinamento, adequação do local de trabalho, fornecimento e fiscalização dos equipamentos de proteção utilizados são obrigações do empregador, que deve zelar pela saúde e segurança de seus trabalhadores e de terceiros que possam ter contato com os riscos.
Quando há trabalhos em espaços confinados, os cuidados devem ser maiores, tendo em vista que esses ambientes são propícios para a concentração elevada do gás, e é essencial que haja todos os treinamentos adequados.
Quais são os equipamentos necessários nos locais com exposição?
Primeiro, todos os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) devem ser implantados para que o risco de intoxicação diminua, como: exaustores, ventoinhas, chaminés adequadas, dissipadores, insufladores de ar , entre outros. Tudo isso evita que a concentração de CO acumule no ambiente de trabalho.
Além deles, também é fundamental a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) por todos os trabalhadores que de alguma forma podem sofrer as consequências da exposição ao CO.
Como dissemos, o fornecimento, a manutenção e a fiscalização de utilização correta desses EPIs é de responsabilidade do empregador, por isso os laudos e recomendações devem ser seguidos à risca. Os mais comuns são:
- máscaras;
- óculos de proteção;
- luvas;
- aventais;
- macacões.
Quando o ambiente possui uma alta concentração de CO, também é fundamental utilizar um equipamento autônomo de respiração, que fornecerá o oxigênio necessário ao trabalhador sem a presença do gás perigoso.
Conhecendo todas essas características do monóxido de carbono e adquirindo os EPIs necessários para o trabalho, é possível diminuir os riscos de intoxicação dos empregados e evitar vários problemas de saúde para todos os envolvidos.
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