Uma das principais preocupações das empresas é como evitar acidentes em espaços confinados. Isso acontece porque os cuidados com a saúde e a segurança do trabalhador são obrigações do empregador previstas por lei, além de serem medidas fundamentais para o bem-estar dos trabalhadores.
Também é preciso lembrar que os acidentes de trabalho geram prejuízos para todas as partes. O trabalhador é prejudicado pela ocorrência, que pode resultar em danos físicos e psicológicos ou, em casos mais graves, a morte. Já a empresa precisa lidar com os afastamentos, arcar com os danos causados e pode ser multada pelos órgãos competentes, caso tenha descumprido a legislação.
Para regulamentar o assunto, a Norma Regulamentadora (NR) 33 traz as medidas preventivas que devem ser observadas pelos empregadores e empregados nos espaços confinados. Continue a leitura deste post para compreender os principais pontos abordados e como evitar acidentes!
Mapeie os riscos do ambiente
O ponto de partida para criar estratégias sobre como evitar acidentes em espaços confinados é identificar os riscos existentes. Eles variam de acordo com o trabalho e o tipo de espaço confinado, mas alguns exemplos comuns são:
- falta ou excesso de oxigênio;
- incêndio ou explosões;
- exposição a agentes químicos e biológicos;
- afogamentos ou soterramentos;
- quedas;
- descargas elétricas.
Os espaços confinados devem ser devidamente sinalizados e isolados, com controle de acesso. Após mapear os riscos, a empresa precisa fazer um controle contínuo para verificar se aconteceu alguma alteração e se as medidas adotadas são efetivas para a proteção dos empregados.
A empresa também deve indicar um responsável técnico para garantir o cumprimento da NR 33, portanto, é fundamental contar com um profissional capacitado para assumir esse papel e aplicar todas as medidas previstas na legislação.
Invista em capacitação para os trabalhadores
A NR 33 prevê a obrigatoriedade de que todos os envolvidos no trabalho em espaço confinado recebam treinamentos e capacitações específicos para que eles possam exercer as atividades. Cada curso deve seguir as especificações de acordo com a função: trabalhador, supervisor de entrada ou vigia.
Essa é uma medida fundamental para que eles compreendam os riscos envolvidos, as melhores práticas de segurança e a importância de utilizar os equipamentos de proteção. Além disso, os custos são importantes para ensinar como lidar com as situações de emergência que podem surgir.
Outra exigência da norma é que os trabalhadores tenham a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) para realizar as atividades em espaços confinados. O documento deve indicar o tipo de trabalho autorizado, a equipe que participará da atividade e as medidas de segurança que devem ser observados, com procedimentos de emergência e resgate.
Vale lembrar que esse documento deve ser emitido a cada entrada. Assim, em caso de interrupção do trabalho por qualquer motivo, a empresa deve emitir uma nova PET para que os empregados retornem à atividade.
Adote o uso de equipamentos de proteção coletiva (EPC)
Os EPCs devem ser adotados no ambiente sempre que eles tiverem a capacidade de aumentar a segurança dos trabalhadores. No caso dos espaços confinados, existem vários equipamentos que podem ser adotados pela empresa. Veja alguns exemplos:
- insuflador de ar;
- exaustor de ar;
- turbo Insufladores e exautores de ar;
- dutos e conexões para canalizar o fluxo de ar,
- sinalização de segurança;
- lockout Tagout
- barreiras físicas nas entradas ( boca de visita ) para prevenção contra quedas;
- sistemas de Proteção Contra Quedas certificados com ruptura de 22kN;
- rádios comunicadores;
- detector multigases;
- guinchos de resgate 3 way;
- guincho manual sobe e desce;
- tripé e monopé para entrada verticais e resgate;
- Sistemas de proteção contra quedas com Braços Davit para entradas verticais e resgate;
- Sistemas de proteção contra quedas com Braço Davit para entradas horizontais e resgate no local confinado.
Fuja de equipamentos e sistemas complexos
Prefira equipamentos simples de uso e de fácil treinamento entendimento do trabalhador. Faça escolha de equipamentos de alta qualidade, com segurança comprovada e de simples uso e instalação. Sistemas complexos são complicados de uso e instalação, exige pessoal extremamente treinado e restrito para poucos trabalhadores. O uso de sistemas complexo é um fator de risco operacional.
Forneça os equipamentos de proteção individual (EPI)
Quando os EPCs não forem suficientes para eliminar ou neutralizar os riscos, os empregados devem usar EPIs para se proteger. Eles podem evitar acidentes em espaços confinados ou, ao menos, reduzir os danos causados ao trabalhador diante de uma ocorrência.
Luvas
As luvas protegem contra choques mecânicos, como abrasão, corte e perfuração, e contra exposição a agentes químicos, biológicos e físicos que podem prejudicar a saúde ou a integridade física do trabalhador. Elas podem ser confeccionadas em diferentes materiais, que devem ser escolhidos de acordo com os riscos envolvidos na atividade.
Capacete
Esse é um EPI com função de proteger a cabeça do empregado contra impactos de objetos, choques elétricos, quedas e contato com agentes térmicos. Ele pode ser confeccionado com aba total, frontal ou sem abas, e nem todos os modelos são indicados para a exposição à energia elétrica. Assim, é fundamental considerar os riscos envolvidos para definir o modelo mais adequado.
Cintos, talabartes e trava quedas
Existem espaços confinados em ambientes verticais, muitas vezes com diferença de nível (trabalho em altura). Nesses casos, o cinto de segurança é fundamental para auxiliar na retirada do trabalhador diante da necessidade de uma evacuação. Também é importante que ele seja associado ao uso de talabartes de segurança ou trava quedas a fim de proteger contra quedas.
Máscaras
As máscaras são EPIs desenvolvidos para a proteção facial do trabalhador contra os seguintes riscos:
- impactos de partículas;
- radiação infravermelha ou ultravioleta;
- luminosidade intensa;
- riscos de origem térmica.
Respiradores
É bastante comum que os espaços confinados exponham os trabalhadores a agentes prejudiciais ao sistema respiratório ou a ambientes com excesso ou falta de oxigênio. Todas essas situações trazem riscos à saúde e a vida do empregado, por isso os EPIs de proteção respiratória são fundamentais.
Eles contam com sistemas para purificar o ar e evitar a entrada de gases tóxicos no sistema respiratório. Alguns equipamentos também contam com sistemas adutores para que o usuário receba ar de fora do ambiente ou transportado em cilindro de ar respirável.
Botas
As botas de segurança são importantes para proteger os pés e as pernas do empregado contra agentes e materiais proliferadores de doenças, além de evitar quedas, escoriações e escorregões que podem ser causados nesses espaços.
É fundamental ressaltar que a empresa deve fornecer os EPIs gratuitamente, fiscalizar a utilização e oferecer treinamentos para que os trabalhadores compreendam a importância e como usá-los corretamente, além de fazer um bom mapeamento de riscos.
Desse modo, para aplicar todas as medidas de forma satisfatória, conte com o suporte de uma empresa especializada, como a Conect, que tem experiência em como evitar acidentes em espaços confinados e no trabalho em altura. Assim, você recebe auxílio desde a identificação dos riscos até a aquisição dos melhores EPCs e EPIs para os seus empregados.
Achou o conteúdo interessante? Se você deseja garantir a segurança dos trabalhadores e atender à legislação específica sobre espaços confinados, entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar a sua empresa!