Algumas atividades laborais pressupõem atenção especial para manter a saúde e integridade física do colaborador por causa do ambiente e condições de realização das tarefas. O que você sabe sobre equipamentos para trabalho em altura?
Manutenção de aeronaves, caldeiras e fornos, limpeza externa das janelas de edifícios, uso de plataformas e andaimes na construção civil. As modalidades da categoria são muitas, assim como os cuidados necessários.
Siga na leitura e confira os equipamentos imprescindíveis a esse tipo de atividade laboral. A informação adequada ajuda a diminuir riscos e melhora a prestação dos serviços tanto em segurança quanto em qualidade.
Importância dos equipamentos para trabalho em altura
A norma regulamentadora 35 atribui ao empregador uma série de responsabilidades como a análise de risco, o desenvolvimento do procedimento operacional e informação atualizada ao funcionário sobre medidas de controle.
Além da obrigatoriedade do fornecimento dos equipamentos para trabalho em altura, a NR 35 também prevê como obrigatório o treinamento do colaborador para lidar com o equipamento tanto de proteção individual quanto coletiva. A capacitação é uma forma de unir esforços do fortalecimento de uma cultura organizacional de prevenção aos acidentes laborais.
Assim, a norma regulamentadora garante a saúde e o bem-estar do funcionário que desempenha a atividade em questão. Suas disposições também orientam a empresa no desenvolvimento de uma metodologia de trabalho segura com materiais de qualidade, pela qual são evitadas lesões incapacitantes,afastamentos e até mortes!
EPIs necessários para trabalhar em altura
A NR 35 obriga a utilização do SPIQ (Sistema de Proteção Individual Contra Queda) quando o colaborador realizar atividade com desnível de 2 metros de altura e risco de queda, conjunto composto por: sistema de proteção contra quedas, composto basicamente de ponto de ancoragem, elemento de ligação (normalmente talabarte duplo de segurança ou trava quedas) e equipamento de proteção individual (cinturão de segurança tipo paraquedista).
Em suma, são 3 os EPIs básicos para trabalho em altura: cinto, talabarte e trava-quedas, podendo haver outros complementares conforme orientações técnicas passíveis de serem obtidas junto ao fabricante. Antes de nos aprofundarmos em cada um deles, vale a pena ressaltar a necessidade de capacitar o funcionário sobre o assunto.
A NR 35 prevê que equipamentos de proteção individual e os de proteção coletiva devam ser contemplados no treinamento teórico e prático obrigatório a quem desempenha esse tipo de atividade laboral. A informação ajuda o colaborador a zelar pelo seu bem mais precioso, a sua vida!
Cintos de segurança tipo paraquedista
Equipamentos compostos por elementos têxteis feitos de poliéster ou nylon, são constituídos por uma fita cuja integridade deve ser constantemente checada para evitar cortes, rasgos, desgaste do material, furos e partes descosturadas.
Os cintos admitem a personalização adequada ao corpo do colaborador porque são ajustáveis nas pernas, cintura, altura do peito e nos suspensórios. Ficam conectados ao trava-quedas ou talabarte na região dorsal — porém podem possuir outros pontos de conexão como o peitoral, lateral e ventral.
As argolas e fivelas atreladas a esse equipamento também precisam ser verificadas com frequência pois partes amassadas ou oxidadas dos metais podem comprometer a segurança do funcionário que utiliza o EPI. Esse exame é visual e manual, sem maior rigor técnico, pois a simples presença de oxidação ferruginosa ou danos como trincas e amassados nos elementos metálicos é suficiente para retirar o equipamento de uso.
Talabartes de segurança
Usados para o posicionamento e ligação com o sistema de ancoragem, também são feitos de material têxtil, geralmente poliéster ou nylon. Suas fitas e peças metálicas, principalmente os ganchos dupla trava, precisam das mesmas atenções mencionadas anteriormente quando falamos dos cintos.
Os talabartes possibilitam o posicionamento ideal e em segurança de quem desenvolve trabalho em altura e têm absorvedor de energia integrado ao equipamentos, muito útil na redução do impacto em caso de eventual queda.
Trava-quedas
Equipamento mecânico normalmente feito com carcaça plástica ou metálica e cabo de aço, fita sintética ou corda. Caso ele seja retrátil, a NBR 14.628/2010 obriga que a sua certificação seja anualmente realizada com o fabricante do EPI — tal como um carro vai para revisão e a troca de óleo a cada quilometragem atingida para funcionar perfeitamente.
Essa revisão preditiva compulsória todo ano independe do trava-quedas ter apresentado problemas ou não. Ainda, caso o trava-quedas seja de fita, também é necessário verificar periodicamente se ela está puída, rasgada, descosturada ou furada, gerando risco à segurança do colaborador no caso de uma queda.
Outros equipamentos para trabalho em altura
Luvas, capacete com presilha jugular, botas e óculos de segurança também podem compor o rol dos EPIs básicos , conforme o serviço prestado. O primeiro item protege as mãos contra atritos, ajuda no manejo das ferramentas e no apoio à corda enquanto o segundo previne que o funcionário bata a cabeça em caso de queda.
Os calçados adequados evitam perfurações, torções, escorregões, e o óculos protege os olhos, contra a poeira, o vento, raios solares e o excesso de claridade. Com todos os equipamentos elencados aqui, o colaborador fica protegido dos pés à cabeça enquanto a cultura de prevenção a acidentes na empresa é fortalecida.
Como escolher e avaliar os EPIs
Existem vários elementos ao qual o profissional de segurança laboral precisa se ater, variáveis conforme a composição dos equipamentos para trabalho em altura. Em caso de dúvida, busque informações com o fabricante pois ele pode indicar a solução mais adequada conforme o serviço a ser realizado. Confira outras dicas.
Atenção à certificação
Não se esqueça de verificar o certificado no EPI antes de efetuar a compra. Ele normalmente é encontrado no cinto (afinal, o uso do talabarte e do trava-quedas dependem dele), seguindo a imposição das NR 6 e NR 35 sobre o assunto.
Tipos de equipamentos para trabalho em altura
Existem talabartes duplos (ou em Y), ajustáveis e simples, trava-quedas para cabos de aço e corda além dos retráteis, lembra? Uma simples mudança em sua estrutura ou funcionamento pode exigir cuidados especiais como a já mencionada certificação anual prevista na NBR 14.628/2010. Verifique qual é o EPI mais adequado às suas necessidades.
Cuidado com fatores diversos
Ao escolher os cintos, considere informações como a carga de ruptura, peso suportado, indicadores de sobrecarga, quantidade dos pontos de ancoragem, regulagem e proteção peitoral. Até os mínimos detalhes fazem a diferença: o acabamento e proteção da fita pode aumentar sua vida útil e evitar por tempo maior que ela desfie, por exemplo.
Conforto e ergonomia também requerem atenção pois influenciam no desempenho do colaborador e agilidade na realização das tarefas. Aqui entram a qualidade das fitas, a proteção lombar no EPI (quado existir), as almofadas e os suportes com materiais para não absorver o suor e umidade.
Leve em conta a cor porque ela influencia na identificação do colaborador durante a atividade, se a fita do talabarte tem resistência à abrasão, raios UVA e UVB, como é o regulador e o tamanho da empunhadura, pois esse fator pode facilitar o ajuste e posicionamento do funcionário. Considere também os tipos de ganchos do trava-quedas e o seu sistema de freio, por exemplo.
Notou quantas especificidades os equipamentos para trabalho em altura têm? Contar com o apoio de um parceiro comercial qualificado com alto conhecimento técnico e anos de experiência no mercado colabora para a promoção do bem-estar do seu funcionário e otimiza a prestação dos serviços oferecidos pela sua empresa.
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