Os riscos laborais são a possibilidade de um trabalhador de qualquer área sofrer algum tipo de dano que ameace a sua saúde ou integridade física, em decorrência do exercício de suas atividades profissionais.
Além dos perigos para o colaborador, a empresa também pode ter altos custos em multas e indenizações causadas por acidentes de trabalho. É por isso que a garantia da segurança nesse ambiente deve ser uma prioridade em qualquer organização, seja qual for o seu porte.
Neste post, você vai entender melhor como os riscos ocupacionais da empresa podem ser classificados, mensurados e controlados para proteger os trabalhadores e a organização em geral. Continue a leitura e confira!
Quais são os tipos de riscos laborais?
De acordo com a Portaria nº 3.214 do Ministério do Trabalho, que trata especificamente das normas regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho, os riscos laborais no ambiente de trabalho são formalmente classificados em cinco tipos.
Riscos acidentais
Esses tipos de riscos estão presentes em ambientes de trabalho que apresentam condições possivelmente impróprias para a integridade física do empregado.
Alguns exemplos são: ligações elétricas deficientes ou sem manutenção, presença de animais peçonhentos, iluminação insuficiente, ferramentas defeituosas, equipamentos de proteção individual inadequados, máquinas de grande porte sem proteção, probabilidade de explosão ou incêndio.
Os perigos representados pelos riscos desse tipo envolvem curtos-circuitos, problemas visuais, cortes, pancadas, mutilações, queimaduras e, até mesmo, acidentes fatais.
Riscos biológicos
Os riscos biológicos são aqueles provocados por microrganismos capazes de desencadear danos e contaminações, como: vírus, bactérias, fungos, protozoários e parasitas. Esses males podem variar de simples infecções cutâneas até doenças infectocontagiosas graves, como hepatite, tétano, AIDS e cólera.
Riscos ergonômicos
São fatores contrários às técnicas de ergonomia, que oferecem bem-estar e adaptam o corpo e a mente do funcionário ao seu ambiente de trabalho.
Exigências de esforço físico e má postura, metas de produtividade excessivamente altas, jornadas de trabalho prolongadas e execução constante de tarefas repetitivas são alguns exemplos de riscos que podem ocasionar hipertensão arterial, cansaço, dores musculares, tensão, ansiedade, doenças nervosas e alterações na coluna vertebral.
Riscos físicos
São considerados riscos físicos as diversas formas de energia apresentadas pelas condições no local de trabalho, como ruídos, calor e frio intensos, pressão, radiação, umidade, vibração, entre outros. Essas condições podem ser causadas por máquinas de grande porte e processos de trabalho ou ter causas naturais.
As consequências desses riscos para o trabalhador podem variar desde simples desconfortos até doenças fatais, como hipertensão, infarto e câncer.
Riscos químicos
São causados por substâncias químicas líquidas, sólidas ou gasosas presentes no ambiente de trabalho e que podem ser nocivas para o colaborador caso sejam absorvidas por via respiratória, cutânea ou digestiva.
Alguns exemplos são: poeiras alcalinas, fumos metálicos, névoas e vapores químicos. O contato com esses materiais pode ter consequências irritantes, asfixiantes e até anestésicas, provocando ações danosas para o sistema nervoso.
Todos os tipos de riscos citados são capazes de causar males severos à integridade física e saúde do trabalhador por sua natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição. Esses fatores devem ser avaliados por uma equipe especializada.
Como mensurar os riscos laborais?
Uma ferramenta bastante importante para a identificação e avaliação das ameaças laborais é o mapa de riscos. Trata-se de uma representação gráfica que permite visualizar os perigos existentes e seus níveis sobre a planta (completa ou setorial) da empresa.
Para elaborar esse documento, é preciso listar os cinco tipos de riscos laborais conhecidos e procurar saber quais deles são contemplados nas atividades de todos os funcionários da empresa. Um trabalhador formal que passa o dia inteiro em um escritório, por exemplo, provavelmente está sujeito a problemas ergonômicos, mas dificilmente poderá sofrer riscos químicos.
Sendo assim, dentro da sua identificação e análise de risco, um técnico de segurança do trabalho vai entender que os colaboradores precisam de equipamentos ergonômicos adequados e deverá pensar nessa informação ao participar da elaboração de um PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais).
O PPRA é um documento obrigatório para todos os empregadores que admitam trabalhadores, de acordo com a legislação nacional, especificamente o item 9.1.1 da NR 09. Conforme determinado na Norma Regulamentadora, os funcionários têm suas áreas de risco analisadas por um profissional de segurança do trabalho e/ou outros especialistas que os auxiliam a entender melhor esses riscos.
Por fim, de acordo com esse entendimento, a análise preliminar de riscos mensura a intensidade dos possíveis problemas encontrados, bem como o nível de exposição dos funcionários a eles. Além disso, ela faz um levantamento de possíveis consequências para as vítimas e verifica se há algum tipo de equipamento de uso individual ou coletivo que possa minimizar ou prevenir as situações perigosas.
Qual é a importância de acompanhar e monitorar os riscos?
Existem várias maneiras de contornar problemas, reduzir danos e eliminar desconfortos no ambiente de trabalho, mas tudo precisa ser estudado com profissionalismo antes que cada medida seja implementada.
O que não pode ser mensurado e acompanhado também não poderá ser controlado no futuro. Por outro lado, a avaliação preliminar de riscos permite o registro e a implementação de medidas de segurança específicas para a prevenção e remediação das ameaças identificadas. Sendo assim, o monitoramento de riscos é essencial para evitar acidentes de trabalho, possíveis tragédias e prejuízos para a empresa.
Os princípios desse tipo de ação também são importantes para avaliar o impacto ocupacional e ambiental causados pelas atividades laborais, auxiliar na escolha de equipamentos, processos e tecnologias que possam minimizar impactos negativos, bem como ajudar na montagem de um treinamento adequado de gestores para lidar com situações emergenciais.
A inclusão de novas formas de tratamento de resíduos e coleta de substâncias tóxicas com o intuito de diminuir as consequências ambientais negativas também pode ser positiva para a imagem da empresa.
Por fim, o motivo que mais justifica a importância da mensuração e acompanhamento de riscos laborais é o cuidado com os recursos humanos. Se uma empresa não se preocupa com a saúde dos seus funcionários, certamente terá problemas em todas as áreas no futuro. Afinal, a saúde ocupacional e a segurança no trabalho devem ser para todos, e não apenas para um único departamento.
Quais são as formas mais eficientes de prevenir os riscos laborais?
Neste último tópico, vamos mostrar as melhores formas de prevenção de riscos profissionais, como doenças e acidentes.
Arejamento dos locais de trabalho
Trabalhar em locais abafados é antiprodutivo e nada ergonômico. Justamente por não ser ergonômico, é improdutivo. Nenhum profissional consegue dar o melhor de si quando trabalha em condições insatisfatórias ou mesmo insalubres. Diante disso, a temperatura é um importante diferencial para a realização de trabalhos bem-feitos.
Portanto, o gestor deve se preocupar com o conforto térmico no ambiente de trabalho, pois não se trata de luxo, mas de uma condição necessária para melhorar a produtividade e evitar problemas de saúde entre os funcionários.
O calor excessivo pode causar queda ou aumento da pressão, diarreias, problemas musculares em médio e longo prazo (estiramentos, cãibras), cansaço, estresse, irritabilidade, nervosismo, dores de cabeça e outros problemas. Além disso, o funcionário pode trabalhar sem muita atenção, o que facilita a ocorrência de acidentes.
O arejamento não precisa ficar condicionado ao uso de sistemas artificiais, como ar-condicionado. O aproveitamento da ventilação natural é a melhor opção e isso é possível por meio de janelas e outras aberturas bem localizadas de modo a captar o movimento do ar sem expor o ambiente de trabalho desnecessariamente ao calor do sol.
Isolamento de processos perigosos
Certos processos, caracterizados por envolver perigos, devem ser isolados. Um exemplo é uma sala no interior da qual há emissão de algum tipo de radiação. Essas salas devem ser mantidas fechadas e somente profissionais qualificados, equipados com os acessórios necessários, podem entrar nelas.
O isolamento pode ser parcial ou total dependendo do nível de periculosidade que a atividade envolva. Outro exemplo é um espaço em que se lida com eletricidade de alta-tensão ou que está sujeito à contaminação por meio de bactérias. Outras áreas restritas são aquelas em há perigo de queda de materiais ou deslizamentos.
Armazenagem e rotulagem correta dos produtos perigosos
Outra maneira de otimizar a prevenção de riscos profissionais é planejar o armazenamento dos produtos perigosos e usar a rotulagem adequada, definida por lei, que serve para identificar o tipo de item. O processo de armazenar corretamente serve para separar mercadorias mais perigosas, como produtos químicos e inflamáveis, de itens que possam representar risco.
Por exemplo: um produto inflamável não deve ficar perto de um combustível. Da mesma forma, materiais muito pesados devem ficar no chão ou em pontos da prateleira próximos a ele a fim de evitar quedas e acidentes graves (ou até fatais). Se for necessário, itens muito perigosos devem ficar em áreas mais isoladas, às quais apenas os profissionais qualificados tenham acesso.
Utilização correta dos EPIs
Em uma empresa, deve-se exigir dos funcionários a utilização correta dos EPIs, os Equipamentos de Proteção Individual. Esses equipamentos não podem trazer nenhum custo para os colaboradores. Haverá demandas diferentes de proteção para efetuar as atividades com segurança. Afinal, cada trabalho tem que ser executado conforme determinados parâmetros, que requerem o uso de equipamentos de proteção específicos.
Por causa de tudo isso, vale a pena contar com o apoio de uma empresa especializada em segurança do trabalho, como a CONECT. Ela atua há mais de duas décadas e tem expertise em trabalhos em altura, bem como entradas e resgate em espaços confinados. Grande parte de seus produtos é fabricada em conformidade com a norma ISO 9001, entre outras normas nacionais e internacionais de segurança, com excelentes matérias-primas e ótima relação custo-benefício. Seus treinamentos são ministrados por engenheiros e técnicos especializados no assunto.
Agora você já sabe o que fazer a fim de obter a máxima prevenção de riscos profissionais no ambiente laboral. Não perca a oportunidade de ter uma equipe mais bem preparada e segura!
Se você gostou das informações deste post, não deixe de entrar em contato com a gente e passar a contar com os melhores serviços de apoio em segurança do trabalho.