Comportamentos de risco no trabalho podem resultar em acidentes, lesões ou até mortes. Portanto, compreender essas condutas é fundamental para implementar estratégias eficazes de prevenção e garantir a segurança do trabalhador e a de seus colegas.
O conhecimento é necessário para promover ambientes laborais mais seguros, proteger os colaboradores e a integridade da empresa. Neste artigo, vamos abordar alguns exemplos comuns de comportamentos de risco em diferentes setores de trabalho e suas implicações.
Quer saber mais? Continue a leitura!
O que é um comportamento de risco no trabalho?
Comportamento de risco no trabalho nada mais é do que qualquer ação ou atitude que aumente as probabilidades de ocorrência de acidentes ou incidentes. Esses comportamentos são prejudiciais à saúde física ou mental dos trabalhadores e tendem a surgir por negligência, desinformação ou falta de treinamento adequado.
Qual a importância da identificação para a prevenção de acidentes?
O reconhecimento e a compreensão dos comportamentos de risco são essenciais para a criação de um ambiente de trabalho seguro. Quando essas ações são prevenidas ou corrigidas, é possível reduzir drasticamente as probabilidades de acidentes e de doenças ocupacionais.
A correção de atitudes de risco contribui para a diminuição dos custos com seguros, afastamentos e indenizações. A prevenção melhora o clima organizacional e a produtividade da empresa.
Quais os comportamentos de risco mais comuns em ambientes de trabalho?
Os comportamentos de risco variam de acordo com o tipo de trabalho, mas há alguns que são corriqueiros e que representam sérios riscos à integridade física dos trabalhadores. A seguir, separamos alguns exemplos típicos. Veja!
1. Uso inadequado de equipamentos de proteção individual (EPIs)
Um dos exemplos mais conhecidos é a recusa de utilizar EPIs como capacete de segurança em um ambiente de construção ou de colocar os óculos de proteção em laboratórios. A exposição a quedas de objetos, produtos químicos ou outros perigos pode causar lesões graves, tais como contusões, queimaduras e perda de visão.
As possíveis consequências de não utilizar os equipamentos de segurança vão de lesões sérias até o óbito, bem como multas para a empresa e o aumento dos custos com seguros e indenizações.
2. Desrespeito a procedimentos de segurança
Ignorar ou modificar procedimentos operacionais padronizados (POPs) no uso de máquinas ou equipamentos pesados, como operar uma empilhadeira sem seguir as instruções de segurança, também é um exemplo típico. Quem age dessa maneira pode sofrer as seguintes consequências:
- comprometimento da produção;
- esmagamentos;
- quedas;
- incêndio;
- ferimentos causados por falhas nos processos;
- penalidades legais.
3. Fatores psicossociais
Esses perigos estão associados a estresse, pressão psicológica, conflitos interpessoais e fadiga excessiva. Eles podem reduzir a concentração e aumentar a probabilidade de erros e acidentes ou oferecer comportamentos impulsivos.
Os impactos psicossociais afetam diretamente a saúde mental dos trabalhadores, sendo responsáveis por afastamentos, redução da qualidade do trabalho e aumento de doenças relacionadas ao estresse.
4. Trabalho sob efeitos de álcool ou outras drogas
Existem trabalhadores que consomem substâncias que alteram o comportamento, como álcool ou outras drogas, durante ou antes de suas jornadas de trabalho. Isso pode gerar redução da atenção, reflexos mais lentos e julgamento comprometido. Confira outros riscos:
- aumento de acidentes;
- risco de mortes ou lesões graves;
- impactos negativos na performance organizacional;
- potenciais processos legais.
5. Excesso de carga ou levantamento de peso de forma inadequada
Um trabalhador que tenta levantar um objeto pesado sem a técnica correta ou sem o auxílio de equipamento apropriado, como um carrinho de transporte ou guindaste, pode ser impactado por vários danos:
- lesões musculares;
- distensões;
- hérnias;
- fraturas.
Em trabalhos que exigem esforço físico intenso, como em depósitos ou na área da construção civil, os colaboradores afetados podem necessitar de afastamentos temporários ou permanentes, assistência médica e psicológica.
6. Falta de atenção ao ambiente de trabalho
Deixar ferramentas espalhadas pelo chão, não sinalizar áreas com risco de quedas ou não fazer a manutenção preventiva de máquinas são comportamentos com potencial de causar acidentes por tropeços, quedas ou choques elétricos.
As lesões podem ser simples ou graves e, em casos mais complexos, interromper as atividades e elevar as despesas operacionais.
7. Comportamento impulsivo ou imprudente
Outro exemplo é quando um trabalhador tenta completar uma tarefa rapidamente, pulando etapas essenciais ou ignorando uma verificação de segurança, porque está com pressa para terminar o serviço.
Esses erros podem comprometer a segurança, gerar falhas em sistemas de controle ou montagem, dando origem a incidentes. Os resultados são danos à integridade do trabalhador, estragos em materiais da empresa, entre outros.
8. Exposição excessiva a condições perigosas
Trabalhar em ambientes com níveis elevados de ruído sem o uso adequado de proteção auditiva ou em locais quentes sem pausas adequadas também é considerado comportamento de risco. Afinal, pode causar:
- perda auditiva;
- lesões térmicas;
- problemas respiratórios;
- doenças relacionadas à exposição prolongada a substâncias ou ambientes tóxicos.
Nesses casos, podem ocorrer afastamentos por doenças ocupacionais, gastos com tratamentos médicos e prejuízos à saúde dos profissionais.
9. Negligência com a manutenção de equipamentos
Utilizar máquinas ou ferramentas sem realizar a devida manutenção preventiva ou trabalhar com equipamentos visivelmente danificados também são práticas com potencial de ocasionar quebras inesperadas, incêndios, explosões ou ferimentos.
10. Falta de treinamento ou capacitação
Esse comportamento se efetiva quando um trabalhador executa uma tarefa complexa sem ter recebido o treinamento adequado. A capacitação é fundamental para trabalhar com equipamento pesado ou lidar com substâncias perigosas, evitar falhas no manuseio, intoxicações e outros riscos.
Qual a relevância da conscientização, do treinamento e da cultura de segurança?
Os trabalhadores devem entender a relação direta entre suas atitudes e o seu bem-estar, além de serem capacitados para agir de maneira segura em diversas situações. A conscientização sobre a segurança no trabalho e a realização de treinamentos constantes são indispensáveis para reduzir comportamentos de risco.
A cultura de segurança, que deve ser promovida por todos os níveis da empresa, desde a alta direção até os operários, é essencial para garantir que todos compartilhem da responsabilidade no ambiente de trabalho. Promover ambientes seguros é essencial para o sucesso organizacional.
Então, agora que você já entendeu um pouco mais sobre o comportamento de risco no trabalho, não deixe de programar treinamentos para todas as equipes da sua empresa. Com isso, os times poderão trabalhar juntos para corrigir eventuais comportamentos inseguros, criando um ambiente mais seguro e produtivo para todos.
Gostou do nosso post? Compartilhe-o em suas redes sociais para que seus contatos tenham acesso às informações!